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(Des)conexão com a corporeidade: um reflexo do narcisismo contemporâneo?

Neste breve artigo apresento algumas reflexões sobre o conceito “narcisismo”, pensado em termos contemporâneos, que se mostra relacionado a uma sociedade neoliberal e tecnológica onde se mesclam princípios de autonomia, meritocracia, além de uma crença de que tudo é possível a partir de um esforço exclusivo do indivíduo, em contraposição a uma instabilidade, incerteza, fluidez e ausência de corporeidade nas relações interpessoais.

Analiso, também, o fenômeno caracterizado por um cada vez maior número de casos de depressão e ansiedade, e seu possível impacto nos emergentes distúrbios de personalidade considerados como pertencentes ao espectro do narcisismo. Tais distúrbios possuem um significativo potencial para o agravamento e a fragilização da configuração subjetiva do Ego e para o aumento do sofrimento psíquico, apresentando-se, principalmente, na dificuldade de o indivíduo estabelecer e manter relações pautadas em sua corporeidade e, paradoxalmente, na presença de uma sintomatologia que envolve, na sua maioria, ações – das mais diversas naturezas, das eróticas às estéticas, chegando até às patológicas – sobre o próprio corpo.

Sabemos que a subjetividade humana é construída a partir de articulações e relações entre o sujeito e os diversos objetos com os quais se depara ao longo de seu desenvolvimento psíquico, processo que exige do indivíduo uma constante adaptação, através de introversões, regressões, interiorizações e retorno ao mundo objetivo, onde ele deverá colocar em xeque seu aprendizado e, a partir da percepção da resposta social ao seu novo comportamento, mantê-lo ou readaptá-lo. Essa necessidade de introversão ocorre sempre nos momentos em que uma nova adaptação se torna necessária, como explicou Jung em suas considerações sobre a progressão e a regressão da energia psíquica. Nesse momento, constelam-se os arquétipos indispensáveis a essa nova adaptação, a imagem primária deste arquétipo é a emergência do momento, mas para a luta da vida é necessário que a libido retorne ao mundo exterior e se coloque, mais uma vez, disponível e pronta para o “embate”.

É inegável a relação da psicopatologia com a cultura de cada época. Neste início do século XXI, além de observarmos uma preocupação agravada pelo advento da pandemia com os modos de subsistência e com a própria sobrevivência, o sofrimento humano parece estar ligado a uma incapacidade de apreender o sentido da vida, uma sensação de irrealidade, uma crise de identidade decorrente da fragilização da noção de sujeito e uma total falta de controle sobre os eventos que desfilam diante de nossos olhos e aos quais assistimos paralisados, levando a uma sensação de futilidade da existência e da vontade humana e a um pavor do aniquilamento da espécie.

Junte-se a isso a sensação de desamparo coletivo por conta dos avanços da necropolítica, uma nova face da ação político-econômica sustentada na ideologia neoliberal que esvazia coletivamente os ideais sociais de cuidado, empatia e solidariedade, ao mesmo tempo que sobrecarrega o indivíduo ao colocar sobre ele a ênfase pela sobrevivência e pelo bem-estar, desresponsabilizando cada vez mais o Estado de promover desenvolvimento econômico com distribuição de renda às populações mais vulneráveis, como acontece em países como o nosso. [1]

Para entender a noção de sujeito constituída a partir do pensamento neoliberal, precisamos levar em conta, analisar e criticar o papel da “competição”. Competição e mercado são propostos como os ideais a serem promovidos, as utopias que devem ser almejadas nessa ideologia. Os sujeitos neoliberais acreditam que são livres, porque o mercado neoliberal informa que eles têm escolha sobre o que consumir. Essa é a nova definição de liberdade.

O neoliberalismo também redefiniu as noções de sucesso e fracasso, “privatizando-as” e deixando-as recaírem inteiramente sobre o indivíduo, como se não existissem fatores sociais, econômicos e político-estruturais que contribuíssem para que essas noções se aplicassem a determinados grupos ou indivíduos em particular. Claro que esse discurso sociopolítico e econômico produz um aumento na ansiedade, levando os indivíduos a duvidarem de si mesmos e a se culparem quando não atingem os ideais ou metas de sucesso; mas também instala um forte e ao mesmo tempo falacioso sentimento de onipotência, pois a ideia central do neoliberalismo é o individualismo. Assim, se o sucesso depende apenas do indivíduo, o fracasso também é fruto exclusivo de sua falta de empenho pessoal, como estabelece a lógica e o discurso neoliberal.

Nesse contexto de alta complexidade, notamos então uma sintomatologia até então pouco observada – principalmente entre adolescentes e jovens – como ansiedade generalizada, atos de automutilação e autodestruição (dependência química e suicídio); e ainda, síndrome do pânico, depressão e distúrbios alimentares que parecem indicar uma tentativa de manifestação somática dos transtornos de personalidade antissocial, limítrofe e narcisista, trazendo à tona uma sintomatologia que poderia ser caracterizada como social.

KEGLER (2006), em seu Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “As Patologias do Narcisismo e a Clínica Psicanalítica: Novas Configurações Subjetivas na Contemporaneidade” defende que, para essa nova sintomatologia, seriam necessários novos desenvolvimentos clínicos, e conclui que dentro dos distúrbios manifestados na contemporaneidade a ênfase parece ser dada “ao fracasso da constituição egoica, que é o que promove o aparecimento das outras sintomatologias destes casos, a saber, a presença da fixação narcísica, do esvaziamento desejante, do vazio representacional e da clivagem. Desta forma, o narcisismo e suas configurações estão no cerne da problemática psicopatológica da contemporaneidade.” (KEGLER, 2006, p.71)

A clínica junguiana privilegia o trabalho com as manifestações imagéticas, arquetípicas, personificadas em complexos, sombras e personas presentes na produção onírica, nas expressões criativas e na imaginação ativa. No entanto, as manifestações somáticas das referidas patologias nos intrigam e nos exigem a busca de novos olhares sobre a abordagem analítica para dar conta de uma sintomatologia que não prima exclusivamente “(…) pela via representacional e que acaba se manifestando principalmente no corpo e na ação” (KEGLER, 2006, p. 4).

Importante ressaltar que não podemos afirmar que tais patologias sejam exclusivamente um produto da sociedade contemporânea neoliberal e tecnológica. Mas podemos entender essa questão admitindo que nas zonas obscuras e inexploradas da psique, repousam transtornos que esperam ser convocados quando o espírito do seu tempo assim o permite. Já sabemos que o espírito das profundezas é tão infinito quanto a natureza criativa do universo, então os potenciais de criação e de destruição da psique são igualmente infinitos.

Os transtornos de personalidade antissocial, limítrofe e narcisista envolvem “uma regressão, caracterizada por uma impossibilidade de construção representativa na relação com o objeto por parte do aparelho psíquico, onde a frustração por essa falência na representação é descarregada diretamente no ato ou no corpo, não elaborando, mas agindo sua dor” (KEGLER, 2006, p. 23). Acometem, sem dúvida, um grande número de indivíduos atualmente e podemos considerar que também podem atingir aqueles que provavelmente não enfrentaram processos de ausência, insuficiência ou deficiência na relação objetal e corporal com a figura materna na primeira infância, isto é, na dita relação primal.

O que podemos observar, então, é que a cultura contemporânea parece favorecer o surgimento ou a manifestação dessas novas sintomatologias, que poderiam assumir no plano subjetivo desse processo de integração da noção de “Eu”, uma espécie de forma latente. Durante a relação objetal primal – ou de “projeção da imagem da alma” – como caracterizou Jung – a capacidade relacional do indivíduo e a formação de sua personalidade ainda estão dando os primeiros passos. Talvez seja possível afirmar que, nesse momento do desenvolvimento, se projeta uma forma latente de distúrbio relacional que pode vir a ser estimulado ou amenizado pela sociedade e cultura onde esse indivíduo inaugurará e desenvolverá suas interações físicas e psíquicas ao longo da vida. Segundo Jung:

Sempre que a imagem da alma é projetada, surge uma vinculação afetiva absoluta com o objeto. Se não for projetada, cria-se um estado de relativa inadaptação que Freud descreveu em parte como narcisismo. A projeção da imagem da alma faz com que a gente não se preocupe com os processos internos enquanto o comportamento do objeto coincidir com a imagem da alma. E, assim, o sujeito está em condições de viver sua persona e desenvolvê-la. Mas, com o tempo, o objeto terá pouca possibilidade de corresponder sempre às exigências da imagem da alma. (…) Mas se a imagem da alma não for projetada, surge, com o tempo, uma diferenciação mórbida na relação com o inconsciente. O sujeito é inundado cada vez mais pelos conteúdos inconscientes que, devido à falta de relação com o objeto, não consegue valorizar e nem empregar de outra maneira qualquer. É natural que esses conteúdos prejudiquem em muito a relação com o objeto. (JUNG, 2015)

Proponho ampliar aqui a noção de que esses processos de projeção, elaboração e tentativa de integração com os corpos/objetos e com a materialidade do mundo externo sejam processos subjetivos contínuos e necessários em todas as fases da vida, não apenas na primeira infância. Além disso, que uma falência nesse processo ou em uma de suas etapas pode comportar sofrimento psíquico para o indivíduo a qualquer momento, principalmente quando a carência da relação corporal e física com o mundo objetivo se torna o novo modelo de existência, como vemos na atualidade. Também questiono aqui o quanto a falta da corporeidade nas relações contemporâneas, presente não só na ausência de contato corporal nas interações interpessoais, mas também na falta de consciência da corporeidade, pode ter relação e influência no ato de agir sobre o próprio corpo, tão característico dessas patologias, como se a realidade da existência do próprio corpo e o sofrimento e dor decorrentes desta pudessem ser aliviados através do flagelo e da mutilação.

Essa situação de ausência de corporeidade nas relações se agravou com a pandemia, mas já era um estilo de vida bastante difundido na sociedade contemporânea. Somamos aos paradigmas sociais, políticos e econômicos da sociedade contemporânea neoliberal, as inovações tecnológicas, e o que acabamos por testemunhar é uma dificuldade nas relações objetais e no estabelecimento de laços. Já há tempos, nosso imaginário se deixa levar por enredos ficcionais onde uma “era digital” (agora, uma realidade), enaltecida e temida, destila todo seu poder onipotente de desmaterialização e desumanização. Temos admirado, não sem temor, as novas descobertas da “robótica”, desejando uma vida onde até mesmo as relações sexuais possam prescindir do contato corporal e humano.

Todas essas ditas “evoluções” do mundo digital foram acontecendo e nem sequer tivemos tempo de integrar tudo isso no nosso fragilizado mundo psíquico do findo século XX, onde já vivíamos, há alguns anos, a fluidez das relações e a dificuldade de compreensão dos valores que alicerçam nosso mundo contemporâneo ou a ausência ou provisoriedade deles. Será possível constituir uma nova noção de subjetividade e promover uma relação de integração e troca afetiva e interpessoal com um mundo objetivo que coloca em xeque cada um dos valores recém-integrados? Como se a cada novo degrau da escada que subimos, o próximo desaparecesse diante de nossos pés, dando uma sensação constante de vazio ou perda de estabilidade resultantes da fluidez desse fluxo de informações.

Podemos observar que as marcas dessa contemporaneidade se fazem presentes na psique do sujeito através do esvaziamento da noção de “alteridade”, necessária para o desenvolvimento de uma vida psíquica equilibrada, pois quando sucumbimos à ideia narcísica de onipotência ou inflação, acompanhada da sensação de infinitude, duas das principais commodities da sociedade atual, as configurações subjetivas se tornam fundamentalmente frágeis ao perderem seu referencial do outro, da materialidade, do mundo objetivo e suas corporeidades, seus obstáculos, humanidades e limitações.

Vivemos numa sociedade em que se sustenta uma narrativa de que praticamente tudo é permitido e acessível e de que não existem fronteiras nem limites à vontade do sujeito e até onde ele pode ir, pois no mundo da imaterialidade, do cyber world, o céu é o limite. Talvez a fantasia de um mundo imaterial seja o caminho menos doloroso e menos incômodo aos “corpos cansados”, mas certamente cobra um preço alto por propor um ideal que retira do indivíduo a possibilidade de acessar diretamente o mundo como materialidade primeira e fundamental para a constituição da consciência, como diz Oliveira (2006) em sua dissertação de mestrado:

Qual a possibilidade de abertura para conhecer a língua da matéria, por vezes fria, áspera, quente, ressecada, esvoaçante, leve, pesada? Talvez seja uma língua estrangeira, que causa algum incômodo ao esbarrar na materialidade ao seu redor, apresentando o corpo em seu estado cansado, flácido, impotente ou ansioso. Talvez a matéria provoque um choque ao apresentar-se em sua “estrangeirice” a uma consciência que se mantém distante e alienada e, nesse sentido, excluída, tanto quanto o corpo do contato com a sensorialidade do mundo. (OLIVEIRA, 2006)

A identificação com uma imagem idealizada de si é uma das características do narcisista, segundo Alexander Lowen, porque “a autoimagem real se perdeu ou se fundiu com a imagem idealizada. O narcisista não funciona em termos de autoimagem real, porque esta lhe é inaceitável. Mas como podem ignorar ou negar sua realidade?” (LOWEN, 1983, p. 18). A resposta, segundo Lowen, “é que não olham diretamente para o self” (LOWEN, 1983, idem). Em vez disso, enxergam apenas uma imagem. Uma imagem idealizada que não pode ser confrontada pela materialidade ou pela ideia de finitude; então, tanto melhor permanecer no campo representativo da imagem, seja do mundo, dos outros ou de si mesmo, evitando a “presença” e o encontro imediato com a apresentação da matéria. Talvez porque seguindo a hipótese discutida por Oliveira (2006), a abertura para o outro ou para o encontro com a materialidade, seria uma “abertura que abala, uma experiência de perda de sentido ao mergulhar na sensorialidade do mundo concreto”. (OLIVEIRA, 2006, p. 21)

Seguindo essa linha de raciocínio, recorremos ao filósofo Gaston Bachelard, que explica que a imaginação formal é aquela que privilegia o olhar sobre os demais sentidos, se distanciando da realidade concreta e negligenciando os aspectos materiais da vontade humana. Ele contrapõe a essa imaginação uma outra que se alimente da vontade transformadora da matéria: uma imaginação material e dinâmica, que estaria em consonância com a vontade de criar, manipular, modificar a matéria, no corpo-a-corpo com as substâncias do mundo. Bachelard afirma que a atitude frente às coisas, no caso da imaginação material, é operante, numa “filosofia ativa das mãos trabalhadoras em oposição a uma filosofia passiva” (BACHELARD, 2002, p. 14). No lugar da inatividade do corpo, Bachelard aponta para um dualismo energético que se dá entre as mãos e a matéria, “mãos operantes e artesãs, que criam, mãos de artistas, alquimistas, obreiros e todos os que enfrentam a matéria”. (BACHELARD, 2002, idem)

Na psicologia junguiana, o analista Erich Neumann (NEUMANN, 1990) teorizou o desenvolvimento infantil apontando que a relação primal tem importância fundamental para o estabelecimento de uma relação segura do eu com o outro. Caso essa relação seja insuficiente ou deficiente, ou até mesmo, caso ela seja abreviada ou prejudicada por experiências de desconforto, tensão ou eventos traumáticos, ocorrerá um estabelecimento de um ego narcisista prematuro, não preparado, que se afastará do mundo das relações objetais e do contato com o Self[2]. O narcisismo seria, então, o resultado do rompimento prematuro do estágio matriarcal. O ego é despertado cedo demais e se torna frágil e ferido. Pode acontecer, também segundo Neumann, uma “cristalização de um sentimento de desesperança, de abandono, de insegurança, de falta de fé e de melancolia. O mundo é sentido como hostil, frustrador e sem sentido.” (NEUMANN apud CAVALCANTI, 1992, p. 52).

Desse modo, num processo terapêutico que vise trabalhar com os transtornos de personalidade antissocial, limítrofe e narcisista, e sua peculiar e diversificada sintomatologia, conforme se manifesta na contemporaneidade, a abertura da consciência para a experiência da materialidade precisaria se distanciar, conforme a argumentação de Oliveira (2006), da experiência subjetiva pautada em noções de “representação”, pois esta categoria normalmente é associada a um “modelo hermenêutico abstrato rem relação aos processos do mundo concreto, (e) tende a reduzi-los, em seu aspecto sensorial, ao vocabulário orientado pela função pensamento; esta tenta descrevê-lo por meio de conceitos, que podem tirar das coisas do mundo sua alma, sua possibilidade de apresentação em uma narrativa própria de natureza imaginal.” (DE OLIVEIRA, 2006, p. 22)

Mas a matéria do mundo tem algo a comunicar para nossa alma, a alma do mundo tem algo a comunicar à nossa matéria, e vice-versa. Estamos todos inseridos nessa enorme teia material-imaterial do universo. Também nossa consciência tem muito a trocar com o vasto inconsciente pessoal e coletivo. Para tal, precisamos alcançar um nível diferenciado de consciência, não apenas da instância do Ego, mas também do Self, para que possamos nos abrir para as manifestações simbólicas do inconsciente e para as manifestações corpóreas, sensoriais da matéria. Pois nosso complexo mecanismo de geração de energia, um padrão energético que integra nosso corpo e mente, não é muito diferente do mecanismo de geração de energia do universo: ele ocorre através da dinâmica dos opostos e através da dinâmica das relações.

Isa Carvalho – membro analista em formação pelo IJEP

Santina Rodrigues de Oliveira – Didata responsável

REFERÊNCIAS:

BACHELARD, G. A água e os sonhos – Ensaio sobre a imaginação da matéria – Tradução de Antonio de Pádua Danesi. São Paulo, Martins Fontes, 2002

CAVALCANTI, R. O Mito de Narciso: o Herói da Consciência Ed. Cultrix, São Paulo, 1992

COSTA, J.F. Narcisismo em tempos sombrios. In: FERNANDES, H.R. (org.). Tempo do Desejo. São Paulo, Brasiliense, 1988

HAN, B-C. A sociedade do cansaço. Petrópolis, Vozes, 2015

JUNG, C. G. Tipos Psicológicos – Obras Completas vol. 6

KEGLER, P. As Patologias do Narcisismo e a Clínica Psicanalítica: Novas Configurações Subjetivas na Contemporaneidade, 2006

LOWEN, A. Narcisismo: negação do verdadeiro self Círculo do Livro, 1983

NEUMANN, E. A Criança. Ed. Cultrix, São Paulo, 1990

OLIVEIRA, S. R. Reflexões sobre a materialidade numa abordagem imagético-apresentativa: narrativa de um percurso teórico e prático à luz da psicologia analítica Universidade de Sâo Paulo, Instituto de Psicologia, 2006

Crédito da imagem:

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[1] Ver a análise dos desdobramentos político-econômicos no desamparo social apresentada pelos sociólogos Byung-Chul Han em “Sociedade do cansaço” (2015); Ulrich Beck, em “Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade” (2011); Jurandir freire Costa, em “Narcisismo em tempos sombrios” (1988).

[2] O termo Self é usado na teoria junguiana em sentido próprio, como totalidade psíquica que inclui o inconsciente e a consciência. O que se diferencia do uso desse termo feito por outras teorias psicológicas, que apresentam o conceito em sentido mais estrito ligado à personalidade egóica e consciente.

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