Browsing: Teoria de Carl Gustav Jung

Envelhecer é um processo vital inerente ao viver. Vai do nascimento à morte, mas ganha maior visibilidade após os 40 anos. Basta darmos uma olhada rápida no espelho para percebermos as marcas deixadas pelo tempo em nosso corpo, este é um fato inexorável. Infelizmente, cada vez mais, esse processo que deveria ser rumo a sabedoria e o desfecho saudável da vida, vem se tornando uma etapa sem sentido e significado. Neste artigo ampliaremos essas questões.

“Os últimos anos, recebemos notícias sobre o crescente aumento do desmatamento da Amazônia. Em 2020, o Pantanal sofreu com a maior queimada dos últimos 10 anos. Destruir o bioma não é apenas cortar suas árvores, mas assassinar todo um ecossistema, um verdadeiro ecocídio. Jung mantinha um profundo respeito pela natureza e tratou deste assunto de modo farto em sua obra. Para ele, o funcionamento psíquico ocorre de maneira semelhante ao dos sistemas naturais. Então, se violentamos o meio ambiente de forma predatória, como esses impactos reverberam em nossa psique?”

Este foi o título de um artigo publicado no Jüdische Rundschau, um jornal sionista, na edição de número 62, em 15 de agosto de 1934, de autoria de Gerhard Adler. Pergunta esta que não esteve em voga apenas nos anos 1930, como também em muitas publicações desde então, não sendo diferente nos dias de hoje. Este artigo reflete este tema, infelizmente ainda muito utilizado pelos detratores de C. G. Jung e de sua teoria, obviamente por incomodar o padrão racionalista, materialista e reducionista, que tanto interessa para esse sistema de manutenção da normose coletiva.

Desde o nascimento da psicanálise clássica de Freud que a formação de analista segue o conhecido tripé, análise didática, supervisão e capacitação. Seria este método suficientemente capaz de sustentar o essencial na formação do analista junguiano, que é entrar em contato e fazer alma? O que há de sombrio na institucionalização da formação? Sobre estas questões que tecemos algumas reflexões neste artigo.