Browsing: Arteterapia e Expressões Criativas

Desde os primórdios da humanidade A música é presente em todas as culturas e em cada lugar pode tomar formas diferentes, seja ela erudita, tecno ou popular. O Jazz retrata, inicialmente nos Estados Unidos, a união das culturas imigrantes, europeias e africanas oriundas do tráfico de escravos, sobre as quais este pais foi construindo. Este estilo de música próprio e complexo tem como ponto central a improvisação. Tentamos discutir neste artigo, como um entendimento simbólico da improvisação permite aproximar o Jazz da psicologia analítica, abrindo espaço para uma reflexão mais ampla sobre a importância psicológica da nossa relação com a música.

Poucas são as menções que Jung faz diretamente em sua obra sobre música, contudo, o pouco legado deixado por ele de maneira objetiva abre um espaço subjetivo e profícuo para tecermos algumas reflexões importantes, e também nos leva à pergunta: e se pudéssemos “brincar” mais com os sentidos, fazendo atividades olfativas, táteis, gustativas e/ou auditivas, sensibilizando outros campos imagéticos? Este artigo intenciona apresentar um breve ensaio teórico de como fazer isso a partir da música.

Vale também para a escrita, eu imagino, o que se pode dizer de toda criação humana: há escrita com e sem alma. A boa escrita aciona uma conversa animada da consciência com o inconsciente, da ilha com o oceano. Criativa e compreensiva em seus propósitos e em suas estratégias, a boa escrita se deixa afagar pela arte. Institui um cosmos possível de sentidos em um lugar da vida onde, sem a alquimia do “laboratorium”, o que resta é o caos – como convite, como desafio. Mais do território da poética que da técnica, a escrita pode ser terapêutica. Arteterapêutica!

O artigo examina o uso terapêutico das histórias em quadrinhos, desde suas raízes antigas até sua aplicação contemporânea na clínica arteterapêutica. Explora como a produção sequencial de imagens pode simbolizar complexos psíquicos e promover a individuação, apresentando estudos de casos de renomados quadrinistas.

Este presente artigo visa abordar sobre a cor marrom e sua pouca preferência pela maioria das pessoas feita pela cientista social alemã Eva Heller e a influência do marrom dentro da clínica de arteterapia e imagens criadas dentro do processo terapêutico. Avaliamos o valor simbólico e as possibilidades para uma ampliação mais profunda em cima da cor marrom.

Este artigo traz o uso da areia na criação das mandalas de areia e outras produções artísticas, que dão a esse material uma nova perspectiva. As mandalas de areia são utilizadas como um ritual por monges tibetanos. O ritual de construção da mandala faz parte do aprendizado dos monges. A escolha em usar areia colorida para fazer o desenho da mandala nesse ritual sagrado é para simbolizar a impermanência da vida e de todas as coisas. Os índios navajos, no sudoeste dos Estados Unidos, também utilizam os rituais com mandalas há séculos. Os xamãs dançam invocando suas divindades fazendo complexas pinturas de areia em formato de mandalas. Na criação das mandalas de areia colorida como em outras produções artísticas utilizando a areia como matéria prima, esta extrapola suas características meramente de uso prático, para ganhar forma e se transformar em imagens repletas de significados. Ao perceber a natureza perene da areia e sua impermanência o ser humano percebe sua própria natureza perene e impermanente. Para a psicologia analítica a mandala é a representação máxima do Self. Jung nos explica que:
“Há muitas variações do tema, mas todas se baseiam na quadratura do círculo. Seu tema básico é o pressentimento de um centro da personalidade, por assim dizer um lugar central no interior da alma.”