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A Alquimia da Escrita
Vale também para a escrita, eu imagino, o que se pode dizer de toda criação humana: há escrita com e sem alma. A boa escrita aciona uma conversa animada da consciência com o inconsciente, da ilha com o oceano. Criativa e compreensiva em seus propósitos e em suas estratégias, a boa escrita se deixa afagar pela arte. Institui um cosmos possível de sentidos em um lugar da vida onde, sem a alquimia do “laboratorium”, o que resta é o caos – como convite, como desafio. Mais do território da poética que da técnica, a escrita pode ser terapêutica. Arteterapêutica!
Toth e a Inteligência Artificial
Pégaso, o cavalo alado, ou Crisaor, o gerador de monstros? Como colocar compreensivamente um “e” onde nossa cultura prefere um “ou”, que ordinariamente nos atola no pântano do dualismo e nos transforma em vítimas de unilateralidades perversas? O símbolo (syn+ballein) une, em vez de separar.
O efeito gado e a sombra nossa de cada dia
“Ninguém está fora da negra sombra coletiva da humanidade”, avisa Jung. Pode ser muito bom lembrar isso na conjuntura social e política do Brasil neste
Livrai-nos do Mal. Amém!
Em momentos importantes e às vezes cruciais de sua obra, Hannah Arendt (1906-1975) e Carl Gustav Jung (1875-1961), cada um a seu modo e também a partir do campo próprio de atuação de cada um, trazem para o debate o tema do Mal. Arendt o faz na esfera do pensamento político, e Jung, da psicologia.
Um perfil psicológico do velho triste a partir de Jung
A arte de viver – a mais sublime e a mais difícil, segundo Jung – interpela a todos, também os idosos. Envelhecer é da vida,
Viver a velhice, viver na velhice
“A arte de viver é a mais sublime e a mais rara de todas as virtudes.” – Carl Gustav Jung Nessa segunda fase da vida, o “objetivo natural” da manhã deve abrir espaço para o “objetivo cultural” do entardecer. “Para atingir o primeiro objetivo, a natureza ajuda; e, além dela, a educação. Para o segundo objetivo, contamos com pouca ou nenhuma ajuda”, sublinha Jung, falando a partir de sua Suíça encantada da primeira parte do século passado, entre uma guerra mundial e outra.
Deus e o idiota das colheres de pau: um ensaio sobre o inefável
Imagem: “A criação de Adão”, de Michelangelo. Detalhe. Com sua ‘De docta ignorantia’, Nicolau de Cusa (1401-1464) nos presenteia com uma chave importante para uma
Jung e a Heresia do Método
A Alemanha da Segunda Guerra Mundial oferece a Jung, de forma dramática, a oportunidade de afirmar a sua visão de que o mito importa, como parte do esforço humano de conhecimento. Em Jung, o método, como caminho do conhecimento, evoca liberdade de espírito