Leia meus artigos
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SINTOMA: POSSÍVEIS LEITURAS MITOPOÉTICAS
Esse artigo propõe uma leitura mitopoética a partir de um olhar que reflita sobre o sintoma como um chamado da alma, uma tentativa do Self de estabelecer uma comunicação com o sujeito, onde ele (o Self) lança mão de um sistema de códigos próprio (os símbolos), de suas próprias ferramentas de comunicação (sintomas, sonhos, expressões criativas, sincronicidades) e de interpretação (a leitura mitopoética), apresentando-os como elementos que constituiriam as bases do processo analítico.
Cruzando Limiares na Companhia dos Deuses Hermes e Héstia
Hermes e Héstia juntos, nos domínios de nossas casas. Um encontro possível – mas ao mesmo tempo, improvável – de duas divindades que se unem para nos auxiliar num dos momentos mais desafiadores de nossas vidas, que envolveu travessias e um cruzar de limiares psicológicos, físicos, individuais e coletivos: a pandemia do Covid-19. Esse artigo é um exercício de imaginação desse encontro entre as divindades e uma reflexão sobre como, a partir de nossas casas, exploramos as possibilidades de conexão que tornaram possíveis a comunicação do sofrimento e o desenvolvimento de ferramentas para a sobrevivência física e psíquica.
A psicologia entra em cena no teatro de Antunes Filho
Em 1990, durante o breve período que passei no Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, na cidade de São Paulo, fui apresentada à obra de C. G. Jung, Mircea Eliade, Joseph Campbel, Marie Louise Von Franz, Fritjof Capra, dentre outros. Antunes passava uma vasta bibliografia para seus alunos-atores que tinha a ver com tudo de extremamente importante, mas não tinha na lista inicial um livro sequer de teatro. Só isso já me intrigou na época e fato é que nunca mais esqueci o que vi e ouvi lá. E nunca mais vivi sem a companhia de algum escrito de Jung. Esse artigo é uma homenagem a esse encontro.
A importância da Psicologia da Arte no Desenvolvimento do Sujeito Contemporâneo e da Arteterapia
O presente artigo visa aprofundar algumas questões que foram por mim debatidas na palestra intitulada Semana de Arte Moderna: uma inspiração para a Arteterapia, como parte
(Des)conexão com a corporeidade: um reflexo do narcisismo contemporâneo?
Vivemos há algum tempo em uma situação de ausência de corporeidade nas relações que, apesar de agravada pela pandemia, já era um reflexo de um estilo de vida bastante difundido na sociedade pós-moderna e contemporânea. Somamos aos paradigmas sociais, políticos e econômicos da sociedade contemporânea neoliberal, as inovações tecnológicas, e o que acabamos por testemunhar é uma dificuldade nas relações objetais e no estabelecimento de laços. Já há tempos, nosso imaginário se deixa levar por enredos ficcionais onde uma “era digital ou robótica”, enaltecida e temida, destila todo seu poder onipotente de desmaterialização e desumanização. Mas, aparentemente, alguns desses enredos se tornaram uma realidade.
A ausência paterna e seu impacto na construção dos vínculos afetivos
“Em nossa época, a busca da humanidade por conhecimentos produziu conquistas admiráveis. O homem chegou à Lua; fizemos corações artificiais. Mas no fim das contas, o que as pessoas mais esperam da vida é simplesmente amar e ser amado.”(Von Franz, 1992b, p.196)
E se estivermos a caminho do nosso próprio fim?
O ser humano não é adepto de situações de incerteza. Quando vivíamos em savanas, a céu aberto ou em cavernas, o medo constante determinava três
O Fado Voluntário ou Daquilo que Desejo para o Ano Novo
O termo “Fatum (em latim) significa destino. Entre os antigos gregos, a “moira” e entre os romanos o “fatum”, fado ou destino, surgiam como ameaça implacável e determinavam a falta cometida por alguém e o caminho da sua punição.
Narrativas dominantes uma abordagem Junguiana
Os dramas de nossas vidas são como narrativas, estando algumas mais próximas da comédia, outras beirando à tragédia, no entanto, para muito além dos fatos, existe a linguagem, que tenta desesperadamente comunicar e a psique, que tenta, não com menos esforço e desespero, elaborar e integrar.
Complexo materno negativo um caminho para o inconsciente?
“Seu lema é: qualquer coisa menos ser como a mãe! Trata-se, por um lado, de um fascínio que, no entanto, nunca se torna uma identificação,