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“Quem guarda com fome o diabo vem e come”. A partir desta frase, Dr. Waldemar Magaldi Filho, analista didata do IJEP, reflete a respeito do medo de amar tão presente na contemporaneidade, onde os indivíduos até se despem para terem suas relações sexuais, mas não conseguem intimidade de alma! Por que será que isso está acontecendo? E como poderemos reverter essa triste realidade, onde o poder destrói o amor, conforme nos ensinou Carl Gustav Jung.

Este artigo contempla a experiencia clínica e didática do Dr. Waldemar Magaldi, sócio fundador do IJEP, integrando e ampliando algumas contribuições seminais do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, presentes em seu livro “A Prática da Psicoterapia”, integrando-as com o conflito contemporâneo em que o patriarcado, ainda dominante, está reagindo de todas as formas para se manter no poder, interditando que o dinamismo da alteridade seja a nova ética social. Para enfrentarmos isso é necessário que homens e mulheres reconheçam que, inconscientemente, retroalimentam o machismo hierarquizante, excludente, territorialista, patrimonialista, violento, sectário e abusivo, que só agrava as desigualdades.

A leitura da bíblia muitas vezes nos surpreende. Por exemplo, em Crônicas, desde o início, temos uma sequência maçante de nomes de pessoas, seguido de uma extensa genealogia, aparentemente sem sentido! Porém, no capítulo 4, versículos 9-10, temos algo que foge do contexto e, por isso mesmo, chama atenção de muitos exegetas que tentam compreender o sentido e o significado desta informação, meio que jogada aleatoriamente. Aliás, em todo o livro sagrado esta é a primeira e única vez que este personagem é citado, despertando mais curiosidade ainda.

Este artigo aborda a esperança como empecilho para o processo evolutivo, possibilitando reflexão crítica para esse momento que a humanidade, e mais especificamente o Brasil, está atravessando, diante dos vários riscos socioambientais, psicológicos e humanos, neste cenário de anestesia e inércia da população, onde a minoria fica covardemente acomodada em suas gaiolas douradas, e a maioria, igualmente acomodada, na esperança de um dia terem suas gaiolas.
Waldemar Magaldi Filho, analista didata do IJEP – Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa.

Infelizmente, ainda vemos muitos analistas junguianos tomados pelo medo da transferência no contexto psicoterapêutico, empoleirados em suas gaiolas douradas, defendidos com títulos e teorias, apesar de estarem sofrendo, por serem incapazes para o encontro entre almas, que é libertador e curador. Acredito que a razão para isso deve ser a tentativa de institucionalização do fazer da alma, onde os conselhos de classe ou entidades de formação tentam formalizar, regular e limitar essa relação única, que deveria ser livre, expressiva e criativa, num ambiente seguro e amoroso. Outra possibilidade para esse desastre relacional, que replica o atual momento de vazio e liquidez, deve ser pela influência da psicanálise freudiana, ainda presente no universo da Psicologia, que patologiza a transferência e/ou do atual modelo desta medicina da sociedade de consumo, que mercantilizou e expropriou a saúde da vida cotidiana, impondo padrões de controle e segurança, com protocolos e registros para a relação humana entre médico e paciente.

Escrevo rememorando um episódio de vida, ocorrido em 2008, quando vivenciei as projeções sombrias de um outro em mim, fazendo-me reconhecer que, para esse outro, eu estava funcionando como Narciso, por não o perceber da maneira que ele desejava ser reconhecido ou valorizado, transformando-o em Eco. Essa dinâmica arquetípica, narrada pela mitologia greco-romana, sempre aparece associada.

Este artigo reflete a respeito do ditado popular: “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”, com intuito de promover o autoconhecimento, à luz da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, neste contexto cultural, onde o materialismo e o imediatismo hedônico e inconsequente estão imperando.

Este artigo aborda o quanto que a maioria dos psiquiatrias estão submetidos aos interesses desta medicina da sociedade de consumo abandonando, cada vez mais, a alma para louvarem os psicofármacos, estimulando o consumo exagerado de medicamentos psicotrópicos para “normatizar” a atividade mental, o comportamento e a percepção dos seus pacientes!

Hoje, 13 de outubro/2019, é um dia especial! Devido a comemoração festiva do Círio de Nossa Senhora de Nazaré e da canonização da Santa Dulce dos Pobres, logo após o dia da Padroeira do Brasil e dia das crianças. Neste contexto, acabei de assistir os filmes Coringa e, tardiamente, Rocketman, biografia do cantor Elton John. A soma desses afetos que vivenciei desencadeou fortes emoções e reflexões, que tomo a liberdade de compartilhar para quem se interessar.
A palavra que mais me atravessou foi: INVISIBILIDADE.

O que é arte?  O dicionário Houaiss utiliza-se de vinte e duas acepções vernaculares para tentar aclarar o conceito de arte, uma delas é: “produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana”. Embora de definição complexa, principalmente na contemporaneidade, fato é que o homem sempre se expressou através da arte. Vários filósofos já decantaram seu amor e prestígio por ela. Arthur Schopenhauer via na arte, na compaixão e no ascetismo as únicas saídas do homem para a miséria da vida e sua falta de sentido. Nietzsche e Sartre, claramente influenciados por aquele filósofo, também vislumbravam na arte a possibilidade de penetração mais profunda na alma humana, produzindo subjetividades que salvariam o homem do enquadramento rasteiro e massificado da vida. Freud citava os poetas que, segundo ele, podiam traduzir o intraduzível; penetrar enigmas que a consciência só de longe se aproximava; trazer à luz compreensões e profundidades psicológicas só acessíveis à poesia.