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Muitas vezes sentimos que estamos estagnados, com dificuldades em atender as demandas do dia a dia da mesma forma, no mesmo ritmo, com a mesma intensidade e destreza que estamos habituados. Nesses momentos, onde estamos com a libido voltada para o mundo interior, somos convidados a olhar para dentro, de uma forma e num ritmo diferentes. Se usarmos a imagem do Eremita para ilustrar este momento, podemos imaginar que ele nos convida a uma caminhada diferente, para o nosso mundo interno, trazendo luz para a escuridão, prudência para nossos atos, transformando todo nosso aprendizado em sabedoria.

A vivência do irmão e o arquétipo fraterno fazem parte da atividade mitologizante da psique e é no relacionamento com o irmão que se aprende como se dão os relacionamentos não hierárquicos, de igual para igual. Esta vivência é fundamental para o desenvolvimento do sentimento de alteridade. Este artigo apresenta os orixás gêmeos como representantes deste arquétipo, e traz uma reflexão acerca da sua importância para o desenvolvimento de uma sociedade mais ecológica, justa e colaborativa.

“Boa parte dos analistas junguianos trabalham de forma quase predominante com os mitos gregos. A maioria das escolas formadoras tem um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Temos muita Ariel e pouca Yara. Como os mitos tratam de assuntos arquetípicos, trabalhar com a narrativa dos mitos dos povos originários é um convite para emergir do inconsciente as imagens que nos constituem como brasileiros. “

Nosso mundo existe há 4,5 bilhões de anos, e sua evolução foi dividida em 5 grandes eras geológicas: Arqueozoica, Proterozoica,…