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O objetivo deste artigo é refletir sobre o não confronto com a Sombra e o viver na simbiose promovida por…

A proposta deste artigo é fazermos uma leitura pela representação do amor no desenvolvimento humano. Como a ideia do amor se instala em nossas vidas, fazendo com que, de forma irrefletida tantas atitudes, dores, decepções, erros e acertos aconteçam? O amor é um sentimento delicado e ao mesmo tempo forte e profundo, o que o torna difícil de se entender. Ele é muito estigmatizado. Se vive, se morre e dizem que até mesmo, se mata por amor. Mas por quê?

Não é de hoje que ao abrir os sites de notícias, ao assistir os telejornais somos inundados por notícias mórbidas: assassinatos, mortes, violências, roubos, assaltos, agressões de toda espécie são tão constantes que quase banalizamos esses fatos. A fome, o desemprego, a miséria, as doenças, o ódio, a descriminação estão tão concretos que quase os “pegamos no ar”. As mídias sociais evidenciam a quantidade de ofensas, xingamentos e cancelamentos, numa espécie de apedrejamento virtual. O ódio, o preconceito, a falta de empatia parecem ter deixado de fazer parte dos aspectos sombrios e passaram a ser o “novo normal” da convivência, principalmente nas plataformas virtuais. A distância e o semianonimato facilitam com que a educação, o diálogo e a civilidade passem longe das conversas. Muito se discute sobre a ontologia da maldade. Seria ela a falta da bondade ou a “privatio boni”, ou teria ela sua própria substância?

Quando nos dispomos a encontrar o caminho para o mito do significado individual, não podemos deixar de levar em consideração nosso papel na coletividade. Uma das marcas do atual monoteísmo da consciência é a busca exclusivamente egóica pela autorrealização. Esse fenômeno resulta na negação do desenvolvimento de uma cosmovisão que leve o ser humano a considerar as relações e a coletividade como parte indispensável do processo de individuação.