Browsing: Teoria de Carl Gustav Jung

Este ensaio tem a intenção de ampliar questionamentos sobre o complexo paterno, que sob a luz do dinamismo patriarcal se inicia na relação primal e se prolonga para a vida ulterior do indivíduo. Neste caso, faz-se um recorte dos possíveis impactos decorrentes da fragilidade do exercício da paternidade para a menina, futura mulher.

Muitas vezes sentimos que estamos estagnados, com dificuldades em atender as demandas do dia a dia da mesma forma, no mesmo ritmo, com a mesma intensidade e destreza que estamos habituados. Nesses momentos, onde estamos com a libido voltada para o mundo interior, somos convidados a olhar para dentro, de uma forma e num ritmo diferentes. Se usarmos a imagem do Eremita para ilustrar este momento, podemos imaginar que ele nos convida a uma caminhada diferente, para o nosso mundo interno, trazendo luz para a escuridão, prudência para nossos atos, transformando todo nosso aprendizado em sabedoria.

Logo após Jung estudar sua arvore genealógica colocou em dúvida o caminho que sua vida tomou, se estava realmente vivendo sua vida ou se estava respondendo a algo que foi negligenciado por parte de sua família. Este questionamento que Jung se fez nos oferece um caminho para lidar com o mesmo problema que surge na experiencia humana observada no consultório. Isso nos traz a seguinte questão: O que este individuo está vivenciando é algo pessoal ou do coletivo familiar? São questões como essas que este artigo reflete.

Mudanças no coração dos estudos junguianos, o C. G. Institute de Zurique, na Suíça, mostram a tendência ao incentivo da pesquisa em Psicologia Analítica. E apontam o uso de instrumentos como o HoNOS (Health of the Nation Outcome Scale), do Royal College of Psychiatrists, do Reino Unido, para apoiar os terapeutas na condução de seus pacientes

O objetivo deste artigo é trazer uma reflexão sobre o autoconhecimento e a psicologia analítica. Este é um termo tão utilizado atualmente, em todos os locais e fóruns que participamos, que me pergunto se sabemos mesmo do que estamos falando. Você tem que se conhecer para: emagrecer, viajar, arrumar emprego, ler um livro etc. Preenchemos os mais diversos inventários e esses sabem mais a nosso respeito do que nós mesmos sabemos. O mundo está cheio de fórmulas mágicas. Mas é tão fácil assim mesmo? De onde vem tantas receitas simples e ao mesmo tempo tanta dificuldade de sabermos quem somos.

Este artigo visa fazermos a reflexão sobre o tema da busca de sentido para a vida após a aposentadoria a fim de obtermos uma melhor compreensão sobre este processo e sobre as dificuldades que alguns indivíduos encontram para lidar com esse momento de transição, segundo a perspectiva da psicologia analítica.