A persona drogadictiva, como a túnica de Nesso, aprisiona e exige fogo purificador para libertação.
Resumo: A persona, conceito fundamental da Psicologia Analítica de C.G. Jung, embora menos detalhado em seus escritos, é essencial para compreender aspectos profundos do comportamento humano. Este artigo aborda a “persona drogadictiva”, uma identidade construída em torno do uso abusivo de substâncias, que frequentemente surge como uma fuga da verdadeira identidade em busca de alívio imediato. Esse fenômeno, especialmente relevante entre os jovens brasileiros, reflete um grave problema social. Dados da ONU e da OMS revelam que o consumo abusivo de drogas cresceu significativamente entre os jovens no Brasil na última década. Neste artigo, exploramos esse fenômeno de forma simbólica, dialogando com o mito da túnica de Nesso, que representa a armadilha da identificação com uma persona destrutiva e a necessidade de um processo doloroso, porém libertador, de autoconhecimento e transformação.
Introdução
A drogadicção, caracterizada pela dependência física e psicológica de substâncias psicoativas, representa um fenômeno complexo com impactos devastadores nas dimensões pessoal, social e familiar dos indivíduos. Nos últimos dez anos, o Brasil tem enfrentado um crescimento alarmante no consumo de drogas entre jovens, conforme evidenciado por dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatórios apontam um aumento de até 60% no uso de substâncias como cocaína e seus derivados entre brasileiros de 15 a 29 anos, revelando uma crise multifacetada, influenciada por fatores como desigualdade social, falta de oportunidades e acesso facilitado a drogas.
Neste contexto, a psicologia junguiana oferece uma perspectiva profunda e simbólica para compreender a relação entre a drogadicção e a construção da identidade.
Propomos aqui o conceito de “persona drogadictiva” – um papel que muitos jovens assumem ou são levados a assumir, utilizando o consumo de substâncias como mecanismo para preencher vazios emocionais, anestesiar dores ou buscar pertencimento a grupos. Para Jung, a persona é a “máscara” social que o indivíduo utiliza para se adaptar e interagir com o mundo exterior.
No entanto, quando essa persona se funde a comportamentos autodestrutivos, como o uso abusivo de drogas, ela deixa de ser uma ferramenta adaptativa e se transforma em uma armadura ilusória. Aparentemente libertadora, essa persona acaba por aprisionar o indivíduo, obscurecendo sua verdadeira identidade e dificultando o processo de individuação — a jornada de integração entre o consciente e o inconsciente, essencial para o desenvolvimento mais pleno do Self.
Este artigo busca explorar a dinâmica da persona drogadictiva entre os jovens brasileiros, utilizando como metáfora central o mito da túnica de Nesso. Assim como Hércules – que ao vestir a túnica envenenada se vê obrigado a enfrentar o fogo para se libertar -, os jovens que estão identificados com essa persona precisam passar por um processo doloroso de autoconhecimento e transformação para se desvencilhar dessa identidade destrutiva. Através dessa analogia, pretendemos refletir sobre os caminhos possíveis para a libertação e a reconstrução de uma identidade autêntica.
A Persona
A persona é um dos conceitos fundamentais da psicologia analítica, representando a interface psíquica entre o indivíduo e o mundo externo. Derivada do latim persona, termo que originalmente designava a máscara teatral usada pelos atores, a palavra remonta ao etrusco phersu e ao grego prósopon, significando “face” ou “máscara”. Curiosamente, esse mesmo termo deu origem à palavra prosopopeia, figura de linguagem em que sentimentos ou características humanas são atribuídos a seres inanimados, animais ou mortos – um simbolismo que ressoa profundamente com o papel desempenhado pela persona.
Jung define assim:
A persona é, pois, um complexo funcional que surgiu por razões de adaptação ou de necessária comodidade, mas que não é idêntico à individualidade. O complexo funcional da persona diz respeito exclusivamente à relação com os objetos.
(OC 6, p. 426)
Assim como a máscara teatral permite ao ator interpretar papéis no palco, a persona possibilita ao indivíduo desempenhar diferentes papéis sociais. Ela não é apenas uma “ferramenta” de adaptação às exigências externas, mas também uma manifestação da relação entre nossas características inatas e as expectativas culturais. Ao integrar-nos às demandas da coletividade, não podemos perder de vista que, tal como uma máscara, a persona oculta dimensões mais profundas e autênticas do indivíduo, mas ao mesmo tempo as contém.
Na dinâmica relacional, a persona tem uma função indispensável. Ela é essencial para a adaptação ao mundo externo, possibilitando que nos relacionemos, trabalhemos e desempenhemos nossas tarefas diárias. É através dela que expressamos aspectos da nossa individualidade que correspondem às demandas de diferentes papéis – como ser estudante, professor, analista, pai, mãe, companheiro ou amigo. Assim, a persona cumpre a tarefa de integrar o indivíduo ao coletivo, permitindo a construção de vínculos sociais e culturais necessários para conviver em sociedade.
Mesmo representando um segmento da psique coletiva, a persona que o indivíduo escolhe tem seus motivos individuais. Jung diz:
Seria porém incorreto encerrar o assunto sem reconhecer que subjaz algo de individual na escolha e na definição da persona; embora a consciência do eu possa identificar-se com ela de modo exclusivo, o si mesmo inconsciente, a verdadeira individualidade não deixa de estar sempre presente, fazendo-se sentir de forma indireta. Assim, apesar do eu consciente identificar-se com a persona – essa figura de compromisso que aparentamos diante da coletividade –, o si mesmo inconsciente não pode ser reprimido a ponto de tornar-se imperceptível. Sua influência se manifesta principalmente nas manifestações contrastantes e compensadoras do inconsciente.
Jung, 2015, p. 47)
Quando Jung afirma que “subjaz algo de individual na escolha e na definição da persona“, ele nos convida a refletir sobre como, mesmo dentro dos papéis sociais que desempenhamos, existe um aspecto de escolha e, portanto, de subjetividade.
A persona não é apenas uma construção imposta pela sociedade ou pelas expectativas coletivas; há uma participação ativa do indivíduo na sua manifestação.
Ao se relacionar com a persona, o sujeito, de alguma forma, escolhe e molda algumas partes do papel que vai desempenhar no mundo social, enquanto outras partes, que compõem essa persona, são conteúdos coletivos e, portanto, autônomos.
Esse “algo de individual” revela a capacidade do ser humano de, ao se adaptar a uma coletividade, selecionar de que maneira ele quer se apresentar dentro dela.
Não estamos falando de uma total submissão à pressão social ou de uma imposição rígida dos outros sobre o sujeito, mas sim de uma negociação, uma escolha consciente ou até inconsciente, de qual máscara ou papel é mais adequado ou desejável para a pessoa em determinada fase da vida ou contexto. Se esse movimento será saudável ou patológico, dependerá do grau de consciência do indivíduo.
Por exemplo, uma pessoa pode se identificar com o papel de “analista” não apenas por uma pressão externa ou por uma expectativa de status, mas porque esse papel ressoa com seu desejo de ser útil, de ajudar os outros, de encontrar realização profissional e seguir algo que também vem de dentro. Assim, essa escolha reflete algo genuíno da pessoa, uma inclinação para um certo tipo de contribuição para a sociedade. O indivíduo, então, pode se adaptar ao papel de analista, mas a escolha de ser analista vem de algo mais profundo dentro dele – uma expressão do self que se manifesta via ego e por meio dessa persona. Entretanto, Jung também nos alerta que essa “individualidade” dentro da persona não deve ser confundida com a verdadeira individualidade, o self, que é algo mais profundo, autêntico e total.
Pensando na persona em seu aspecto coletivo, ela representa uma manifestação de base arquetípica, o que a torna comum a todos os indivíduos e parte integral da experiência humana. Por ser um arquétipo, ela carrega características universais que transcendem o indivíduo, revelando padrões coletivos e compartilhados. Nesse sentido, é essencial compreender sua complexidade, reconhecendo que seu funcionamento não é apenas fruto de escolhas ou experiências pessoais, mas também arquetípico e autônomo. Essa dualidade reflete a interação contínua entre o coletivo e o pessoal, evidenciando que a persona, embora adaptada às demandas pessoais, está profundamente enraizada na psique coletiva.
Jung nos diz:
Acontece, porém, que, sendo a persona um recorte mais ou menos arbitrário e acidental da psique coletiva, cometeríamos um erro se a considerássemos in totum como algo de individual. Como seu nome revela, ela é uma simples máscara da psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é individual, quando na realidade não passa de um papel ou desempenho através do qual fala a psique coletiva.
(Jung, 2015, p. 46)
Apesar de parecer e ser, em alguma medida, algo profundamente individual, a persona também é, em grande parte, uma expressão da psique coletiva. Os padrões culturais, familiares e sociais moldam os aspectos que incorporamos em nossa persona, configurando-a como uma resposta às expectativas externas. Embora seja um mecanismo necessário e inevitável para nossa interação com o mundo, Jung nos alerta para o perigo de uma identificação unilateral com a persona, que ampliaremos adiante. Quando isso acontece, o indivíduo corre o risco de perder contato com o próprio self, tornando-se apenas uma projeção das expectativas alheias e se reconhecendo apenas através de um determinado papel.
A Persona Drogadictiva: Mascarando o Sofrimento
Para compreender a persona drogadictiva, é fundamental esclarecer os conceitos envolvidos. Eduardo Kalina, em sua obra, define a “personalidade drogadictiva” como uma estrutura psíquica caracterizada pela incapacidade de lidar com perdas, recorrendo ao uso de drogas como mecanismo para eliminar a ansiedade da espera e a angústia da frustração (Kalina e Kovadloff, 1980, p. 35), entre outros fatores. No entanto, propomos substituir o termo “personalidade” por “persona”, uma vez que, na perspectiva junguiana, a personalidade abrange uma totalidade de aspectos do indivíduo, enquanto a persona refere-se a um complexo específico do psiquismo. A persona drogadictiva, portanto, representa um conjunto de comportamentos e atitudes comuns entre dependentes químicos, funcionando como uma máscara que busca atender tanto demandas internas quanto externas. Nesse sentido, ela reflete tanto aspectos arquetípicos quanto pessoais associados à drogadição.
A persona drogadictiva emerge, como qualquer outro complexo, da interação entre fatores somáticos e o mundo externo, desenvolvendo-se a partir dos conflitos entre o mundo interno e as pressões externas.
Ela se caracteriza por uma inflação egóica, na qual o indivíduo experimenta uma sensação de superioridade e invulnerabilidade. Identificado com essa persona, o adicto adota uma postura de invencibilidade, mascarando uma realidade interior fragilizada, marcada por sofrimento, vulnerabilidade emocional e disfunções familiares, como a falta de apoio afetivo.
Essa persona pode ser fortalecida pela curiosidade típica da adolescência e pela busca de pertencimento a grupos, levando a comportamentos rebeldes que desafiam convenções sociais e ajudam a construir uma identidade aparentemente autônoma. Além disso, ela funciona como um mecanismo de defesa contra a dor, a inadequação e o vazio existencial. No entanto, a identificação excessiva com a persona drogadictiva promove uma desconexão interna, aprisionando o indivíduo em ciclos de isolamento e autodestruição. Operando como uma tentativa de compensação, ela oculta fragilidades sob a ilusão de controle e força, oferecendo um refúgio temporário ao adicto em sua convivência social.
A Túnica de Nesso: Persona e Libertação
O mito de Héracles e a túnica de Nesso oferece uma metáfora poderosa para compreender a dinâmica da persona drogadictiva e o processo de libertação da identificação com ela. Durante sua viagem a Tráquis, Héracles e Dejanira encontraram Nesso, um centauro que trabalhava como barqueiro no rio Eveno. Nesso ofereceu-se para ajudar o casal a atravessar o rio, mas, ao transportar Dejanira, revelou intenções violentas e a violou. Desesperada, Dejanira chamou por ajuda, e Héracles, sempre atento, matou o centauro com uma flecha envenenada pelo sangue da Hidra. Antes de morrer, porém, Nesso arquitetou sua vingança: entregou a Dejanira uma túnica envenenada, dizendo que ela teria o poder de garantir o amor eterno de Héracles, caso ele algum dia a rejeitasse. Dejanira, acreditando nas palavras do centauro, guardou a túnica, sem imaginar o perigo que representava.
A tragédia culmina quando Dejanira, temendo que Héracles a abandonasse por outra mulher, envia a túnica como presente para que ele a usasse em uma cerimônia. Ao vestir a túnica envenenada, Héracles é tomado pelo desespero. Assim que o tecido toca sua pele, o veneno da Hidra começa a agir, queimando e corroendo sua carne. Ele tenta desesperadamente remover a túnica, mas ela se grudara ao seu corpo como se fosse parte dele. Quanto mais ele lutava para arrancá-la, mais o veneno se espalhava, intensificando sua agonia. Em um ato final de bravura, Héracles ergue uma pira de madeira no Monte Eta e pede a um amigo que a incendeie. Aceitando seu destino, ele encontra seu repouso final na pira em chamas, encerrando sua vida terrena em meio ao fogo purificador.
Como descreve Brandão:
No píncaro do monte mandou erguer uma pira e deitou-se sobre ela. Tudo pronto, ordenou que se pusesse fogo na madeira, mas nenhum de seus servidores ousou fazê-lo. Somente Filoctetes, se bem que relutante e a contragosto, acendeu, tendo recebido, por seu gesto de coragem e compaixão, um grande presente do herói agonizante: seu arco e suas flechas.
(Brandão, 1987, p. 128).
Em todas as versões do mito, a causa da morte de Héracles é o fogo, simbolizando que a libertação da identificação com a persona exige sacrifícios e um processo doloroso de tomada de consciência. Jung utiliza essa imagem para ilustrar o perigo da identificação com a persona:
O único perigo é identificar-se com a persona, como, por exemplo, o professor com o seu manual, o tenor com sua voz; daí a desgraça. É que, então, se vive apenas em sua própria biografia, não se é mais capaz de executar uma atividade simples de modo natural. Pois já está escrito: ‘…e então ele foi para cá ou para lá; disse isso ou aquilo’ etc. A túnica de Dejanira colou-se à pele de Héracles e nela se enraizou. É preciso a determinação desesperada de um Héracles para arrancar do corpo a túnica de Nesso e entrar no fogo da imortalidade, a fim de transformar-se naquilo que verdadeiramente é.
(Jung, 2014, p. 126-127).
Assim como a túnica mítica que adere à pele de Héracles, provocando dor intensa e conduzindo-o ao renascimento pelo fogo, a persona drogadictiva pode se tornar uma “segunda pele”, destrutiva e difícil de remover. Dentro dos grupos de usuários de drogas, a persona de “drogadicto” muitas vezes é não apenas tolerada, mas também enaltecida. Ela é recompensada com validações imediatas – “pagamento à vista” – que glorificam o comportamento rebelde, sem que os indivíduos percebam o veneno que os consome e a destruição crescente que isso acarreta. Simbolicamente, o indivíduo desempenha o papel do herói ou anti-herói, cujas ações são celebradas em um universo paralelo de normas e valores próprios do grupo.
O consumo excessivo de substâncias, como a cocaína, ou atitudes extremas de violência e rebeldia, como furtos para sustentar o vício, são aclamados como feitos dignos de glória dentro desse microcosmo social.
Essa glorificação, materializada na expressão do dialeto das ruas – “Você é monstrão, em mano!” – confere ao indivíduo um status quase mítico, reforçando a ilusão de poder e invencibilidade. Esse título, ao mesmo tempo que valida a posição social dentro do grupo, aprofunda a identificação com essa persona, criando a ilusão de adaptação. Sob o efeito desse “papel”, o indivíduo pode se sentir temporariamente anestesiado contra as dores de sua existência, vivendo em um mundo ilusório, “colorido”, mas totalmente desconectado da realidade.
Ao explorar a figura do “monstrão“, percebemos que, por trás dessa aparente armadura impenetrável, frequentemente se escondem conteúdos psíquicos profundos e extremamente vulneráveis. A persona, que emerge como um arquétipo do inconsciente coletivo e se manifesta como um complexo no inconsciente pessoal, pode aprisionar o indivíduo em comportamentos autônomos e autodestrutivos. Essa identificação excessiva, semelhante à túnica de Nesso, intensifica o sofrimento do indivíduo.
A persona drogadictiva é intensificada pela manifestação da psique coletiva e pelo espírito da época, que molda o pano de fundo cultural em que ela emerge. Em uma sociedade que frequentemente valoriza mais a aparência do que a essência, a persona drogadictiva representa uma tentativa de adaptação às expectativas externas e de pertencimento. Jovens identificados com essa persona que exala características de rebeldia, força, poder e realização no mundo material estão, em sua essência, buscando preencher um vazio existencial, aliviar angústias humanas naturais ou encontrar uma saída para tensões psíquicas que não encontram outra forma de expressão.
Libertar-se dessa identidade exige mais do que simplesmente reconhecer sua existência: requer uma transformação profunda e frequentemente dolorosa, que implica abandonar a identificação com essa “casca”.
Embora superficial em sua aparência, essa “casca” possui raízes profundas nas bases arquetípicas do psiquismo, funcionando como uma estrutura compensatória. Contudo, o objetivo não é eliminar a persona em si, mas sim transcender a identificação exclusiva com ela. A persona é necessária para nossa adaptação social e senso de pertencimento; o desafio está em utilizá-la de forma consciente, integrando projeções e ajustando expectativas. Esse processo representa o eterno paradoxo de equilibrar autenticidade e adaptação social.
Guilherme Duque – Membro Analista em Formação IJEP
Waldemar Magaldi- Analista Didata IJEP
Referências:
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega: volume 3. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Vol 9/1. Petrópolis: Vozes, 2014.
JUNG, C. G. O eu e o inconsciente. Vol 7/2. Petrópolis: Vozes, 2015.
KALINA, Eduardo; KOVADLOFF, Santiago. Drogadicção, indivíduo, família e sociedade. Brasil: Francisco Alves, 1980.
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