Browsing: Arteterapia e Expressões Criativas

Esse ensaio visa refletir sobre a música na arteterapia de forma subjetiva e pessoal a partir de um conhecimento de condução clínica distinta da musicoterapia. Buscamos ponderar sobre áreas de conhecimento que vão além do nosso arcabouço dentro da arteterapia e entender como podemos nos suprir na clínica em cima de uma ferramenta ao qual não temos domínio

Partindo da inquietação referente à palavra ‘sagrado’ na Dança Circular, será abordado o sagrado na perspectiva de Bernhard Wosien, algumas características da Dança Circular Sagrada (DCS) – harmonização, círculo, centro de roda – pertinentes ao assunto e a visão da Psicologia Junguiana sobre o tema apresentado, onde mandala, numinoso, religião e sagrado serão alguns dos termos apresentados.

Desde os primórdios da humanidade A música é presente em todas as culturas e em cada lugar pode tomar formas diferentes, seja ela erudita, tecno ou popular. O Jazz retrata, inicialmente nos Estados Unidos, a união das culturas imigrantes, europeias e africanas oriundas do tráfico de escravos, sobre as quais este pais foi construindo. Este estilo de música próprio e complexo tem como ponto central a improvisação. Tentamos discutir neste artigo, como um entendimento simbólico da improvisação permite aproximar o Jazz da psicologia analítica, abrindo espaço para uma reflexão mais ampla sobre a importância psicológica da nossa relação com a música.

Poucas são as menções que Jung faz diretamente em sua obra sobre música, contudo, o pouco legado deixado por ele de maneira objetiva abre um espaço subjetivo e profícuo para tecermos algumas reflexões importantes, e também nos leva à pergunta: e se pudéssemos “brincar” mais com os sentidos, fazendo atividades olfativas, táteis, gustativas e/ou auditivas, sensibilizando outros campos imagéticos? Este artigo intenciona apresentar um breve ensaio teórico de como fazer isso a partir da música.

Vale também para a escrita, eu imagino, o que se pode dizer de toda criação humana: há escrita com e sem alma. A boa escrita aciona uma conversa animada da consciência com o inconsciente, da ilha com o oceano. Criativa e compreensiva em seus propósitos e em suas estratégias, a boa escrita se deixa afagar pela arte. Institui um cosmos possível de sentidos em um lugar da vida onde, sem a alquimia do “laboratorium”, o que resta é o caos – como convite, como desafio. Mais do território da poética que da técnica, a escrita pode ser terapêutica. Arteterapêutica!

O artigo examina o uso terapêutico das histórias em quadrinhos, desde suas raízes antigas até sua aplicação contemporânea na clínica arteterapêutica. Explora como a produção sequencial de imagens pode simbolizar complexos psíquicos e promover a individuação, apresentando estudos de casos de renomados quadrinistas.