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Este artigo tem como proposta trazer à reflexão como o profissional da atualidade se coloca no mundo. O mundo o trabalho é VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). Há uma grande preocupação em se adequar de modo propositivo e não deixar que oportunidades passem e se percam. Podemos pensar no mundo VUCA com um paralelo à nossa psique, no que tange à sua complexidade e vastidão, mas como responder às demandas de fora, sem se perder do ponto de vista interno, daquilo, que de verdade é o nosso propósito?

As metáforas, poesias e sonhos são apresentados neste pequeno texto como linguagens de acesso a nossa alma. É através desse encontro com o nosso mundo interior, que poderão ser gestadas novas possibilidades de construção de sentidos e significados, para a miséria neurótica gerada pela cultura imediatista e objetividade excessiva. Jung parece antecipar esse momento que estamos vivendo, e nos aponta caminhos e saídas.

A arte nos revela. Muito além das questões estéticas, ela evidencia aspectos da consciência e o inconsciente do artista, além do inconsciente coletivo do Espírito da Época. Ao observarmos com atenção, percebemos que existem inúmeras projeções de animus em diferentes formas de arte. Para conseguirmos apreender as imagens arquetípicas projetadas na arte pelo animus, é importante alinharmos este conceito conforme a Psicologia Analítica.

Sem uma decisão/ação voluntária e consciente do ego, corremos o risco de passar por esta experiência do COVID-19, apenas como mais uma entre outras tantas. O chamado está sendo feito, de retorno para dentro, para um reencontro com a alma, para uma existência com mais sentido. No entanto esse caminho de volta, de introversão não é sem desafios, angústias e renúncias. Jung e sua experiência de silêncio e valorização das vozes internas, podem ser companheiros nesta jornada.