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O objetivo deste artigo é trazer uma reflexão sobre o autoconhecimento e a psicologia analítica. Este é um termo tão utilizado atualmente, em todos os locais e fóruns que participamos, que me pergunto se sabemos mesmo do que estamos falando. Você tem que se conhecer para: emagrecer, viajar, arrumar emprego, ler um livro etc. Preenchemos os mais diversos inventários e esses sabem mais a nosso respeito do que nós mesmos sabemos. O mundo está cheio de fórmulas mágicas. Mas é tão fácil assim mesmo? De onde vem tantas receitas simples e ao mesmo tempo tanta dificuldade de sabermos quem somos.

A projeção é um dos mecanismos mais intrigantes da psique. Ao mesmo tempo que é um mecanismo defesa do ego, como já explicava Freud, é um mecanismo que confere sentido e significado aos conteúdos internos representados no mundo externo, conforme nos ensinou Jung. Mas é também via projeção que experimentamos nossos preconceitos de cada dia. Nosso convite com esta leitura é para revermos o lugar dessas projeções e criarmos novas possibilidades de lidar com elas, que não apenas no mundo externo.

Qual meu lugar no mundo? Que corpo é esse? Que humanos somos nós nesse mundo desalmado? Será que carrego em mim recursos para trilhar essa jornada? Que recursos posso buscar nesse caminho? Essas são perguntas que muitos de nós fazemos no dia a dia, e que serão ampliadas neste artigo.

Existem várias maneiras de se pensar sobre a relação professor- aluno, tudo depende de como o professor se conhece e como ele atua diante de seus alunos. Neste presente artigo abordo essa relação dentro da Psicologia Analítica, como um instrumento facilitador da compreensão do processo de desenvolvimento da nossa psique. Muitas de nossas escolas têm procurado fazer com que as crianças se recolham, tolhendo sua criatividade e seu processo simbólico. Cabe aos nossos educadores atuarem no movimento oposto, libertando os instintos da criança corajosa e capaz de ultrapassar seus próprios limites.

Vivemos há algum tempo em uma situação de ausência de corporeidade nas relações que, apesar de agravada pela pandemia, já era um reflexo de um estilo de vida bastante difundido na sociedade pós-moderna e contemporânea. Somamos aos paradigmas sociais, políticos e econômicos da sociedade contemporânea neoliberal, as inovações tecnológicas, e o que acabamos por testemunhar é uma dificuldade nas relações objetais e no estabelecimento de laços. Já há tempos, nosso imaginário se deixa levar por enredos ficcionais onde uma “era digital ou robótica”, enaltecida e temida, destila todo seu poder onipotente de desmaterialização e desumanização. Mas, aparentemente, alguns desses enredos se tornaram uma realidade.

As primeiras vezes que Jung falou sobre trauma, foi a partir da perspectiva de Freud, já que naquele momento ele estava envolvido nas pesquisas e defesa das ideias postuladas pela escola freudiana. Naquele momento se tinha a ideia de que a partir do trauma se desenvolvia a histeria, contudo eles, tanto Freud quanto Jung, começaram a observar que, a priori, o trauma emergia em virtude de alguma predisposição.

Há profusa representação midiática, sobretudo no discurso político e nos conteúdos iniciais dos processos terapêuticos, de que o outro é um inimigo a ser eliminado. Uma das lições do Covid pode ser a de que isto nem sempre é possível e que, mais do que nunca, aprender estratégias flexíveis de convivência será fundamental para a saúde mental

“Boa parte dos analistas junguianos trabalham de forma quase predominante com os mitos gregos. A maioria das escolas formadoras tem um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Temos muita Ariel e pouca Yara. Como os mitos tratam de assuntos arquetípicos, trabalhar com a narrativa dos mitos dos povos originários é um convite para emergir do inconsciente as imagens que nos constituem como brasileiros. “

Este artigo refere-se às questões que apareceram durante o distanciamento social na pandemia, momento em que nós, arteterapeutas, tivemos que nos adaptar aos atendimentos virtuais.
Nesse período, o uso das técnicas expressivas durante os atendimentos tornou-se um grande desafio e, para refletir sobre as dificuldades encontradas, resgato como inspiração a música de Toquinho para pensar sobre a espontaneidade e o desenhos de improviso no atendimento online
Nesse novo desafio, várias questões surgiram: Esse vinculo poderia ser mantido nos atendimentos? Como utilizar as técnicas expressivas? Qualquer técnica seria possível? Como pensar a nova realidade e o uso de recursos expressivos? Essa a intenção desse artigo que pretende apenas abrir a reflexão sobre o improviso no atendimento online.