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Quando nos dispomos a encontrar o caminho para o mito do significado individual, não podemos deixar de levar em consideração nosso papel na coletividade. Uma das marcas do atual monoteísmo da consciência é a busca exclusivamente egóica pela autorrealização. Esse fenômeno resulta na negação do desenvolvimento de uma cosmovisão que leve o ser humano a considerar as relações e a coletividade como parte indispensável do processo de individuação.

A Alemanha da Segunda Guerra Mundial oferece a Jung, de forma dramática, a oportunidade de afirmar a sua visão de que o mito importa, como parte do esforço humano de conhecimento. Em Jung, o método, como caminho do conhecimento, evoca liberdade de espírito

Boa parte dos terapeutas junguianos brasileiros não bebem da fonte dos mitos indígenas. Nos aprofundamos nos estudos principalmente dos mitos gregos e não olhamos os mitos dos povos originários com a profundidade que eles merecem. Temos um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Por isso, para refletirmos sobre a sombra coletiva projetada nos povos indígenas, é importante contextualizar o Espírito da Época no período do descobrimento do Brasil. Este texto é um convite (e uma provocação) para refletirmos sobre esses nossos irmãos tão relegados à sombra e descaso.

Este artigo tem como proposta trazer à reflexão como o profissional da atualidade se coloca no mundo. O mundo o trabalho é VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). Há uma grande preocupação em se adequar de modo propositivo e não deixar que oportunidades passem e se percam. Podemos pensar no mundo VUCA com um paralelo à nossa psique, no que tange à sua complexidade e vastidão, mas como responder às demandas de fora, sem se perder do ponto de vista interno, daquilo, que de verdade é o nosso propósito?

A arte nos revela. Muito além das questões estéticas, ela evidencia aspectos da consciência e o inconsciente do artista, além do inconsciente coletivo do Espírito da Época. Ao observarmos com atenção, percebemos que existem inúmeras projeções de animus em diferentes formas de arte. Para conseguirmos apreender as imagens arquetípicas projetadas na arte pelo animus, é importante alinharmos este conceito conforme a Psicologia Analítica.