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A proposta deste artigo é fazermos uma leitura pela representação do amor no desenvolvimento humano. Como a ideia do amor se instala em nossas vidas, fazendo com que, de forma irrefletida tantas atitudes, dores, decepções, erros e acertos aconteçam? O amor é um sentimento delicado e ao mesmo tempo forte e profundo, o que o torna difícil de se entender. Ele é muito estigmatizado. Se vive, se morre e dizem que até mesmo, se mata por amor. Mas por quê?
“Em nossa época, a busca da humanidade por conhecimentos produziu conquistas admiráveis. O homem chegou à Lua; fizemos corações artificiais. Mas no fim das contas, o que as pessoas mais esperam da vida é simplesmente amar e ser amado.”(Von Franz, 1992b, p.196)
Este artigo propõe refletir sobre a simbiose família/mãe/filho e o distanciamento necessário entre eles para o filho ganhar sua autonomia…
A humanidade hoje vive em um contexto eletro-plastificado, como afirma Magaldi (2019) e Contrera (2017), em que as relações (amizades,…
Boa parte dos terapeutas junguianos brasileiros não bebem da fonte dos mitos indígenas. Nos aprofundamos nos estudos principalmente dos mitos gregos e não olhamos os mitos dos povos originários com a profundidade que eles merecem. Temos um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Por isso, para refletirmos sobre a sombra coletiva projetada nos povos indígenas, é importante contextualizar o Espírito da Época no período do descobrimento do Brasil. Este texto é um convite (e uma provocação) para refletirmos sobre esses nossos irmãos tão relegados à sombra e descaso.
Complexa é a humanidade e complexos são os relacionamentos afetivos e sexuais, razão pela qual não podemos compreendê-los sob um…
Nestes tempos de ultra conexão virtual, o “lastro” de uma pessoa pode ser mensurado pelos números de likes e acúmulos de seguidores nas redes sociais. Numa espécie de narcisismo marcado pela ansiedade, algumas pessoas são impulsionadas a uma ávida corrida rumo ao desejo de reconhecimento e apreço.
Este texto nos traz uma reflexão de que a comunicação puramente online pode nos segregar do mundo e de nós mesmos, pois a convivência entre os avatares da rede dificilmente permite intimidade entre as pessoas reais por trás dos teclados.
A urgência em acumular seguidores e likes fez com que as relações ficassem artificiais e instantâneas, deixando os vínculos e a intimidade fugazes e sem ressonância de alma.
Intimidade está entrelaçada ao sentimento, emoção, proximidade. Se não conseguimos manter um elo de intimidade conosco, como conseguiremos manter com o outro?
Uma das espécies de chimpanzé, que mais se assemelha ao ser humano em termos de comportamento e fisiologia, é a…
Podemos afirmar que a teoria das compensações é a regra básica, neste sentido, do comportamento psíquico em geral. O que falta de um lado, cria um excesso do outro. Da mesma forma, a relação entre o consciente e o inconsciente também é compensatória. (Jung, 2011a p. 36)
Prateleiras de super-mercados abarrotadas. Vastas áreas em reluzentes shopping centers lançando apelos ao consumo… Consumo e mais consumo, sempre acenado como viabilizado por sorridentes anunciantes de cartões de crédito. Autonomia. O mundo da fartura sem compromisso com a origem dos produtos, com a remuneração de quem os fabricou, transportou, de quem os está vendendo. Nem com os resíduos produzidos no processo. Engajamento total na compra de uma imagem. A construção de uma persona de aparência feliz e integrada ao mundo hiperdigital em que vivemos. E tudo tão fácil, tão aparentemente ao alcance das mãos, de um gesto. De um clique. As dívidas e dúvidas… Ficam para amanhã. Vamos a qualquer lugar com um piscar de olhos, com um telefonema, com a consulta a um site na internet.