Browsing: Teoria de Carl Gustav Jung

Este artigo aborda a esperança como empecilho para o processo evolutivo, possibilitando reflexão crítica para esse momento que a humanidade, e mais especificamente o Brasil, está atravessando, diante dos vários riscos socioambientais, psicológicos e humanos, neste cenário de anestesia e inércia da população, onde a minoria fica covardemente acomodada em suas gaiolas douradas, e a maioria, igualmente acomodada, na esperança de um dia terem suas gaiolas.
Waldemar Magaldi Filho, analista didata do IJEP – Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa.

Infelizmente, ainda vemos muitos analistas junguianos tomados pelo medo da transferência no contexto psicoterapêutico, empoleirados em suas gaiolas douradas, defendidos com títulos e teorias, apesar de estarem sofrendo, por serem incapazes para o encontro entre almas, que é libertador e curador. Acredito que a razão para isso deve ser a tentativa de institucionalização do fazer da alma, onde os conselhos de classe ou entidades de formação tentam formalizar, regular e limitar essa relação única, que deveria ser livre, expressiva e criativa, num ambiente seguro e amoroso. Outra possibilidade para esse desastre relacional, que replica o atual momento de vazio e liquidez, deve ser pela influência da psicanálise freudiana, ainda presente no universo da Psicologia, que patologiza a transferência e/ou do atual modelo desta medicina da sociedade de consumo, que mercantilizou e expropriou a saúde da vida cotidiana, impondo padrões de controle e segurança, com protocolos e registros para a relação humana entre médico e paciente.

Este artigo aborda o quanto que a maioria dos psiquiatrias estão submetidos aos interesses desta medicina da sociedade de consumo abandonando, cada vez mais, a alma para louvarem os psicofármacos, estimulando o consumo exagerado de medicamentos psicotrópicos para “normatizar” a atividade mental, o comportamento e a percepção dos seus pacientes!

O que é arte?  O dicionário Houaiss utiliza-se de vinte e duas acepções vernaculares para tentar aclarar o conceito de arte, uma delas é: “produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana”. Embora de definição complexa, principalmente na contemporaneidade, fato é que o homem sempre se expressou através da arte. Vários filósofos já decantaram seu amor e prestígio por ela. Arthur Schopenhauer via na arte, na compaixão e no ascetismo as únicas saídas do homem para a miséria da vida e sua falta de sentido. Nietzsche e Sartre, claramente influenciados por aquele filósofo, também vislumbravam na arte a possibilidade de penetração mais profunda na alma humana, produzindo subjetividades que salvariam o homem do enquadramento rasteiro e massificado da vida. Freud citava os poetas que, segundo ele, podiam traduzir o intraduzível; penetrar enigmas que a consciência só de longe se aproximava; trazer à luz compreensões e profundidades psicológicas só acessíveis à poesia.

Tempos de tragédia, conflito, incertezas e medo nos fazem ficar paralisados. Principalmente quando perdemos a ilusão de que tínhamos controle e poder e que para qualquer problema sempre encontraríamos um remédio para resolver. Essa arrogância nos fez provocar muita desarmonia psíquica, social e ambiental e perdermos a conexão com o sagrado que habita nosso íntimo. Agora precisamos de cura, que significa integridade e amor.

Este artigo procura explorar e refletir sobre a relação da humanidade com o trabalho. Essa atividade já foi sinônimo de tortura, de punição divina mas hoje é vida com viés de identidade e auto-realização. Mas movimentos como a Grande Resignação mostram que sempre estamos em busca de rever nossa relação com o trabalho.

O ouro é um dos símbolos mais marcantes que representam o si-mesmo, ou seja, a totalidade da psique. Partindo dessa afirmação, trago no presente texto uma ampliação simbólica de uma pequena história chinesa de autoria atribuída ao filósofo chinês Lao Tsé entitulada “O homem que não enxergou ninguém”.