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O livro infantil “Em busca da feição real”, escrito por Ko Moon-Young, autora ficcional do drama Tudo bem não ser normal,…

“Boa parte dos analistas junguianos trabalham de forma quase predominante com os mitos gregos. A maioria das escolas formadoras tem um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Temos muita Ariel e pouca Yara. Como os mitos tratam de assuntos arquetípicos, trabalhar com a narrativa dos mitos dos povos originários é um convite para emergir do inconsciente as imagens que nos constituem como brasileiros. “

Este artigo refere-se às questões que apareceram durante o distanciamento social na pandemia, momento em que nós, arteterapeutas, tivemos que nos adaptar aos atendimentos virtuais.
Nesse período, o uso das técnicas expressivas durante os atendimentos tornou-se um grande desafio e, para refletir sobre as dificuldades encontradas, resgato como inspiração a música de Toquinho para pensar sobre a espontaneidade e o desenhos de improviso no atendimento online
Nesse novo desafio, várias questões surgiram: Esse vinculo poderia ser mantido nos atendimentos? Como utilizar as técnicas expressivas? Qualquer técnica seria possível? Como pensar a nova realidade e o uso de recursos expressivos? Essa a intenção desse artigo que pretende apenas abrir a reflexão sobre o improviso no atendimento online.

Ao lado da comodidade, serviços e bem-estar que as tecnologias nos prestam, outros e potencialmente danosos efeitos das tecnologias começam a se evidenciar. Satélites podem monitorar nossos movimentos, interceptar nossas comunicações e ouvir diretamente nossas conversas. Nosso celular parece nos ouvir e trazer anúncios daquilo que falamos ou sobre o que escrevemos. Em troca do uso de aplicativos “gratuitos”, autorizamos que nosso perfil de consumo, o qual geramos enquanto usamos tais facilidades, seja vendido ou trocado. Aceitamos ser bombardeados com anúncios indutores de consumo diretamente voltados ao nosso perfil. Somente quando o indivíduo se responsabilizar por si mesmo, sem culpar o outro, tal situação poderá ser transformada, dado que a massa não se modifica sem o indivíduo se modificar. Cabe questionar nossa submissão voluntária a tiranias massificantes e limitadoras de nosso desenvolvimento psíquico.

As metáforas, poesias e sonhos são apresentados neste pequeno texto como linguagens de acesso a nossa alma. É através desse encontro com o nosso mundo interior, que poderão ser gestadas novas possibilidades de construção de sentidos e significados, para a miséria neurótica gerada pela cultura imediatista e objetividade excessiva. Jung parece antecipar esse momento que estamos vivendo, e nos aponta caminhos e saídas.

A arte nos revela. Muito além das questões estéticas, ela evidencia aspectos da consciência e o inconsciente do artista, além do inconsciente coletivo do Espírito da Época. Ao observarmos com atenção, percebemos que existem inúmeras projeções de animus em diferentes formas de arte. Para conseguirmos apreender as imagens arquetípicas projetadas na arte pelo animus, é importante alinharmos este conceito conforme a Psicologia Analítica.