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Poucas são as menções que Jung faz diretamente em sua obra sobre música, contudo, o pouco legado deixado por ele de maneira objetiva abre um espaço subjetivo e profícuo para tecermos algumas reflexões importantes, e também nos leva à pergunta: e se pudéssemos “brincar” mais com os sentidos, fazendo atividades olfativas, táteis, gustativas e/ou auditivas, sensibilizando outros campos imagéticos? Este artigo intenciona apresentar um breve ensaio teórico de como fazer isso a partir da música.

Vale também para a escrita, eu imagino, o que se pode dizer de toda criação humana: há escrita com e sem alma. A boa escrita aciona uma conversa animada da consciência com o inconsciente, da ilha com o oceano. Criativa e compreensiva em seus propósitos e em suas estratégias, a boa escrita se deixa afagar pela arte. Institui um cosmos possível de sentidos em um lugar da vida onde, sem a alquimia do “laboratorium”, o que resta é o caos – como convite, como desafio. Mais do território da poética que da técnica, a escrita pode ser terapêutica. Arteterapêutica!

O artigo explora a transformação masculina através da anima, com base no Mito de Percival e nas teorias de Jung e Johnson. Destaca-se a importância da anima como uma força primitiva que desafia abstrações, enfatizando sua natureza complexa. A dualidade, confronto com obstáculos externos, e a necessidade de cura interna são abordados, assim como o papel do mito na busca pela totalidade. A influência duradoura da figura materna é analisada através do mito do dragão. Em conclusão, destaca-se o processo de integração como essencial para a realização pessoal. O artigo oferece uma exploração profunda da jornada do homem em busca de autenticidade através da transformação da anima.

Este presente artigo visa abordar sobre a cor marrom e sua pouca preferência pela maioria das pessoas feita pela cientista social alemã Eva Heller e a influência do marrom dentro da clínica de arteterapia e imagens criadas dentro do processo terapêutico. Avaliamos o valor simbólico e as possibilidades para uma ampliação mais profunda em cima da cor marrom.

Este artigo traz o uso da areia na criação das mandalas de areia e outras produções artísticas, que dão a esse material uma nova perspectiva. As mandalas de areia são utilizadas como um ritual por monges tibetanos. O ritual de construção da mandala faz parte do aprendizado dos monges. A escolha em usar areia colorida para fazer o desenho da mandala nesse ritual sagrado é para simbolizar a impermanência da vida e de todas as coisas. Os índios navajos, no sudoeste dos Estados Unidos, também utilizam os rituais com mandalas há séculos. Os xamãs dançam invocando suas divindades fazendo complexas pinturas de areia em formato de mandalas. Na criação das mandalas de areia colorida como em outras produções artísticas utilizando a areia como matéria prima, esta extrapola suas características meramente de uso prático, para ganhar forma e se transformar em imagens repletas de significados. Ao perceber a natureza perene da areia e sua impermanência o ser humano percebe sua própria natureza perene e impermanente. Para a psicologia analítica a mandala é a representação máxima do Self. Jung nos explica que:
“Há muitas variações do tema, mas todas se baseiam na quadratura do círculo. Seu tema básico é o pressentimento de um centro da personalidade, por assim dizer um lugar central no interior da alma.”