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Há muito a sexualidade feminina e seus meandres é objeto de curiosidade pela humanidade. Não por acaso, nos últimos tempos, a sétima arte tem explorado o tema das mais variadas maneiras. Se de um lado, visa remontar a relação das mulheres na criação das instituições familiares, de outro, coloca em perspectiva a objetificação da sexualidade feminina em seus inúmeros prismas. Em razão disso, procurando esclarecer o transtorno sexual do vaginismo, foi necessário revisitar muitos dos conceitos biopsicossociais da sexualidade humana, incluindo os mitos, crendices e tabus sexuais. Por consequência, verificou-se que tal transtorno tem como causa inúmeros fatores, dentre eles a violência sexual, resultado da influência do machismo estrutural proveniente das sociedades patriarcais. Este artigo passeia pela história da sexualidade desde seus primórdios até a modernidade.

Neste artigo trago a possibilidade de compreender psique e matéria como uma unidade a partir do caminho vislumbrado por Jung e explorado mais a fundo por von Franz, em que o mundo arquetípico dos números naturais seriam a chave para esse entendimento.

O tempo nos impele de um lado, com a sensação de pressa constante e de outro, as duras penas, nos faz entender que nossos processos de vida muitas vezes não podem ser acelerados. Receber e elaborar as adversidades que se apresentam a todo momento sem abandonar nosso mundo interior, pode se tornar um gigantesco desafio.

Em tempos de mídias sociais as dinâmicas do desejo e da atração ficaram mais escancaradas. Pessoas estão expostas em vitrines virtuais em suas buscas por parceiros e dessa forma ficam mais óbvios padrões que talvez pudessem passar desapercebidos. Um dos padrões que pode ser percebido na dinâmica entre homens gays é a de supervalorização da masculinidade.

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Duas personalidades, uma só manifestação. É possível dizer que Pelé só se tornou um mito por ter, em Edson, o herói que precisava? Jung escreve: “Na análise final, só contamos para alguma coisa por causa do essencial que encarnamos e, se não encarnamos isso, a vida é desperdiçada”. Quem há de dizer que Edson não encarnou o seu essencial? Muitos gênios sucumbiram psiquicamente à própria genialidade e a maioria dos homens se esconde dela, com medo da loucura. Com todos os defeitos, Edson foi diferente.

Todos conhecem a lenda do lobisomem. Todos sabem que quem foi mordido por um monstro se transforma na lua cheia. Mas já se perguntaram se é lenda mesmo ou se existem em algum lugar. E se existem, já pesaram por onde eles andam na lua nova ? É a essas perguntas e a outra mais importante ainda: qual poderia ser o significado do mito do lobisomem e qual seria sua relevância para os dias atuais, que tentaremos responder neste artigo, aprofundando um pouco a história e a simbologia dessa lenda mais conhecida do grande público que a mitologia grega.

Para a compreensão do conceito de saúde integral, devemos lembrar que nós somos um sistema complexo que para funcionar precisa estar em harmonia com todas as pequenas partes, órgãos, funções e emoções. Esta engrenagem de corpo – alma – mente precisa estar em equilíbrio para a saúde se instalar no nosso corpo, seja no campo físico ou mental. 

A crise da meia-idade ou metanoia não é uma invenção e, sob o prisma da psicologia analítica de C. G. Jung, costuma estar associada à dificuldade para encontrarmos um significado para o ocaso de nossa vida. Jung escreve: “Só aquele que se dispõe a morrer conserva a vitalidade, porque, na hora secreta do meio-dia, se inverte a parábola e nasce a morte.” Como encontrar significado no poente de nossas jornadas? A formação em psicologia analítica pode nos ajudar nessa íntima busca?

Em 1990, durante o breve período que passei no Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho, na cidade de São Paulo, fui apresentada à obra de C. G. Jung, Mircea Eliade, Joseph Campbel, Marie Louise Von Franz, Fritjof Capra, dentre outros. Antunes passava uma vasta bibliografia para seus alunos-atores que tinha a ver com tudo de extremamente importante, mas não tinha na lista inicial um livro sequer de teatro. Só isso já me intrigou na época e fato é que nunca mais esqueci o que vi e ouvi lá. E nunca mais vivi sem a companhia de algum escrito de Jung. Esse artigo é uma homenagem a esse encontro.