Browsing: sentido da vida

Vivemos uma morte de tudo que conhecíamos. Assistimos a morte de milhares de pessoas no mundo e, no paralelo, discutimos o futuro da economia. Mas a economia depende dos vivos. Nesse embate, não há como não lembrar de Antígona, a tragédia de Sófocles. É a ela que recorremos nesse ensaio para propor uma reflexão com o que hoje estamos enfrentando com essa pandemia.

“As fotos criam o belo e – ao longo de gerações de fotógrafos – o esgotam” Suzan Sontag Uma foto, um instante, uma situação de experiência que envolve toda uma família, um indivíduo, um evento. O que revela uma foto? Revela o que é visível: todo o ambiente fotografado, incluindo pessoas, coisas, animais, elementos de um tempo que ali se eterniza quase como um documento ou registro histórico. Mas também desvela o não visível: as ausências, os humores, padrões de repetições, objetos não percebidos, aspectos não considerados, elementos que só podem ser constatados quando o tempo, generosamente, nos dá a distância necessária para que a experiência possa oferecer uma nova forma de compreender a situação.

Em momentos importantes e às vezes cruciais de sua obra, Hannah Arendt (1906-1975) e Carl Gustav Jung (1875-1961), cada um a seu modo e também a partir do campo próprio de atuação de cada um, trazem para o debate o tema do Mal. Arendt o faz na esfera do pensamento político, e Jung, da psicologia.

A vinda de Cristo anuncia a nova era, mas o patriarcado vigente, há dois mil anos atrás, criou a institucionalização das tradições religiosas, que destruíram os conceitos revolucionários do evangelho cristão, a boa nova, por vaidade, poder e enriquecimento. Atualmente, infelizmente, a maioria dos templos viraram teatros à serviço do mercado, retroagindo ao velho testamento.

Se a mente não conseguir fazer a integração da psique com o corpo e a dimensão espiritual, as crises que nos atravessam ficam hipostasiadas (materializadas), dominando monotemática e unilateralmente nossa vida!

Será que existe vida sem sofrimento? Somos direcionados para ter segurança, certezas, conforto, alegrias e muito prazer, mas parece que isso acontece para bem poucas pessoas e, geralmente, não é perene. Além disso, só podemos conhecer o prazer porque existe a dor, e isso vale para os demais desejos. Refletir a respeito do sofrimento, suas causas e razões é o que pretende este ensaio.

Sem foco e disciplina jamais conseguiremos alcançar a realização do si-mesmo, cumprindo o processo de individuação, mesmo quando sabemos que este é o chamado da alma e queremos nos entregar para ele. Neste ensaio é refletido os motivos da procrastinação e distração do si-mesmo.

Tempos de tragédia, conflito, incertezas e medo nos fazem ficar paralisados. Principalmente quando perdemos a ilusão de que tínhamos controle e poder e que para qualquer problema sempre encontraríamos um remédio para resolver. Essa arrogância nos fez provocar muita desarmonia psíquica, social e ambiental e perdermos a conexão com o sagrado que habita nosso íntimo. Agora precisamos de cura, que significa integridade e amor.

Qual os limites e interesses do homem do séc. XXI? Somos tão heterogêneos. Tão distintos em cultura, moral e política…Como avaliar o humanismo dentro dos padrões contemporâneos?