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O presente artigo amplia o estudo do conto João de Ferro a partir de reflexões pessoais para um aspecto coletivo, que é a sombra do controle que pode capturar as mulheres na vivência da maternagem e o confronto com ela quando o filho se torna adolescente. Reconhecer que a sombra do controle pode represar e limitar a vida e que seu reconhecimento pode trazer mais leveza e favorecer ao encontro do Si-mesmo é o meu convite nessa leitura.
A natureza, sabiamente, fez com que tudo no bebê fosse feito para chamar a atenção e encantar a sua mãe, mas só isso não é o suficiente para o estabelecimento de um vínculo saudável entre mãe e bebê. O parto e as primeiras horas de vida são de fundamental importância para que se estabeleça essa conexão, que é regida pelo arquétipo da Grande Mãe.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que atualmente 68% das mães que trabalham fora estão adoecidas com sintomas da mais nova síndrome da contemporaneidade: Mommy Burnout – apresentando sensação de exaustão, tensão emocional e estresse crônico gerados pela rotina materna. São mães que se sentem infelizes e incapazes de cuidarem de seus filhos. Neste artigo, proponho ampliar esse sofrimento sob a ótica Junguiana, onde essa não felicidade pode ser compreendida a partir da desconexão com os instintos maternos transgeracionais. Ao longo de décadas, as mulheres evoluíram, alcançaram espaços na sociedade, conquistando mais protagonismo, respeito e responsabilidades. Por outro lado, se distanciaram dos saberes da maternagem que constituem o arquétipo da Grande Mãe, seja de forma consciente ou inconsciente, acreditando que não sabem nutrir, acolher e cuidar. A necessidade de adequação na sociedade patriarcal e machista atual, transformou a forma de ser, pensar, agir e sentir do feminino, onde os aspectos da Grande Mãe foram colocados na sombra. Desta forma, observamos mães adoecidas, perdidas, vivendo a luta da maternidade real versus a idealizada.
A menopausa e o envelhecer pode ser uma grande oportunidade de transcender porque “Ser jovem e belo é um golpe de sorte genético, ser velho e belo é uma obra de arte, cujo artista é você mesmo.”
Reflexão sobre o amadurecimento feminino e a maternidade tardia. A metanoia e processo de ser mãe.
Os transtornos do espectro autista (TEA) são complexos transtornos neurodesenvolvimentais da função cerebral acompanhados de déficits nos comportamentos intelectual e…
No momento da construção desse artigo estamos há poucos dias de comemorar mais um aniversário de Nossa Senhora Aparecida, e…
Cada vez mais se escuta relatos de mulheres, com distúrbios diagnosticados ou não, que apresentam…
O termo arquétipo não foi cunhado por Carl Jung (OC,9/1,§1), mas sua imensa contribuição se deu quando usou a ideia…
Originalmente Iemanjá era cultuada numa região situada entre Ifé e Ibadan, atual Nigéria, pelos ¨Egbᨠda nação dos iorubas. Com…