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Este artigo tem como proposta trazer à reflexão como o profissional da atualidade se coloca no mundo. O mundo o trabalho é VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). Há uma grande preocupação em se adequar de modo propositivo e não deixar que oportunidades passem e se percam. Podemos pensar no mundo VUCA com um paralelo à nossa psique, no que tange à sua complexidade e vastidão, mas como responder às demandas de fora, sem se perder do ponto de vista interno, daquilo, que de verdade é o nosso propósito?
Nestes tempos de ultra conexão virtual, o “lastro” de uma pessoa pode ser mensurado pelos números de likes e acúmulos de seguidores nas redes sociais. Numa espécie de narcisismo marcado pela ansiedade, algumas pessoas são impulsionadas a uma ávida corrida rumo ao desejo de reconhecimento e apreço.
Este texto nos traz uma reflexão de que a comunicação puramente online pode nos segregar do mundo e de nós mesmos, pois a convivência entre os avatares da rede dificilmente permite intimidade entre as pessoas reais por trás dos teclados.
A urgência em acumular seguidores e likes fez com que as relações ficassem artificiais e instantâneas, deixando os vínculos e a intimidade fugazes e sem ressonância de alma.
Intimidade está entrelaçada ao sentimento, emoção, proximidade. Se não conseguimos manter um elo de intimidade conosco, como conseguiremos manter com o outro?
Pais, professores, psicólogos e tantos outros profissionais, desafiados a serem competentes, envolvem-se na mesma questão: como educar? Não existe uma…
Imoral é desistir de si mesmo – (Clarice Lispector) Sob a ótica junguiana a relação entre o indivíduo e a massa – o coletivo de humanos ainda indiferenciados – nem sempre é harmônica. Muito pelo contrário, o mais comum é os interesses, metas e objetivos de individuação incomodarem à massa que pode se caracterizar até mesmo como uma força de oposição ao processo de individuação. Carotenuto (1994) discute essa situação sob a ótica junguiana nos capítulos finais daquele seu texto e propõe caber ao indivíduo os passos necessários para sua diferenciação. De acordo com Jung, a atitude ética é essencial para um posicionamento adequado e responsável em face de si mesmo, da coletividade e da Vida, de modo tal que o viver leve à individuação.