Browsing: Mitologia e Símbolos
Ragnarok, a escatologia Nórdica começa assim: com catástrofes climáticas. Uma delas em especial é produto de Jörmungund, a serpente de Midgard, que produz ondas gigantescas que varrem terra e céu.
A beleza não tem usado espelhos, não possui perfil nas redes sociais, não está na décima segunda cirurgia de plástica. Na arte, Afrodite aparece tão pouco e ainda mesmo não é percebida. A beleza sumiu do mundo. Afrodite, a dourada, a deusa da beleza, do amor, dos beijos mais doces, fugiu do mundo. E aqui estamos nós, procurando-a.
Ao longo de sua carreira e processo de elaboração de sua Psicologia Analítica, Jung emitiu críticas em relação às correntes filosóficas que pregam o racionalismo e o cientificismo como o único caminho válido para desvendar os segredos do conhecimento e da compreensão da alma humana.
Como observador perspicaz, Jung traçou uma crítica importante a tudo o que reduz a riqueza da vida a meros conceitos pragmáticos e racionais, ao desprezar ou literalizar a vastidão da dimensão simbólica.
É fundamental reconhecer que, ao buscarmos o equilíbrio entre símbolo, alma e razão, abrimos portas para uma compreensão mais ampla e holística da vida.
A história de Lampião e Maria Bonita já se tornou uma lenda, e faz parte do patrimônio histórico-cultural brasileiro. O propósito deste artigo é, a partir da narrativa desta história, fazer uma análise dos aspectos arquetípicos do animus e anima no contexto do cangaço.
O princípio masculino e o princípio feminino sempre presentes e que buscam a completude podem ser vistos aqui no cenário da caatinga nordestina, entre batalhas, tiroteios, fugas e esconderijos, numa história de muitas aventuras, violência e romance.
Hermes e Héstia juntos, nos domínios de nossas casas. Um encontro possível – mas ao mesmo tempo, improvável – de duas divindades que se unem para nos auxiliar num dos momentos mais desafiadores de nossas vidas, que envolveu travessias e um cruzar de limiares psicológicos, físicos, individuais e coletivos: a pandemia do Covid-19. Esse artigo é um exercício de imaginação desse encontro entre as divindades e uma reflexão sobre como, a partir de nossas casas, exploramos as possibilidades de conexão que tornaram possíveis a comunicação do sofrimento e o desenvolvimento de ferramentas para a sobrevivência física e psíquica.
Todos conhecem a lenda do lobisomem. Todos sabem que quem foi mordido por um monstro se transforma na lua cheia. Mas já se perguntaram se é lenda mesmo ou se existem em algum lugar. E se existem, já pesaram por onde eles andam na lua nova ? É a essas perguntas e a outra mais importante ainda: qual poderia ser o significado do mito do lobisomem e qual seria sua relevância para os dias atuais, que tentaremos responder neste artigo, aprofundando um pouco a história e a simbologia dessa lenda mais conhecida do grande público que a mitologia grega.
A partir de uma aula dada durante o curso de especialização em psicologia junguiana do IJEP, durante a qual aprofundamos o conceito de sincronicidade e sua relação com o funcionamento das técnicas mânticas e, mais especificamente, do I Ching, propomos uma consulta ao oráculo e perguntamos: “O que devemos fazer com o conhecimento adquirido durante esse curso?”. Nesse artigo revelo a resposta dada pelo livro e amplio brevemente o significado do hexagrama obtido.
Estamos no ano de 2022, e o debate sobre questões de gênero, sexualidade e identidade estão em todas as pautas importantes para a tentativa de integração em um novo modelo de existir social global. Repensar a sociedade a partir de novas (ou não tão novas) demandas é importante para todo aquele que trabalha e se envolve com ser humano. Então, posso incluir a humanidade, sem qualquer medo de errar nessa afirmação. Mas o caminho que estamos tomando é o correto? Estamos fazendo a inclusão e a imersão de pensar a sociedade sobre a bandeira queer de maneira segura e confiável para que sejamos mais agregadores, inclusivos e pertencentes com as minorias? Minha resposta a essa pergunta é um grande não. Pois acredito que enquanto não olharmos a fêmea da espécie, a mulher e a feminilidade em si não teremos chances de ser uma sociedade que olhe seus tons de cinza e se desconstrua, se não trouxermos equidade para o polo que trabalha o Eros.
O inverno, mesmo com as típicas frentes frias, tem sido cada vez mais quente, devido ao aquecimento global, fruto da ação humana desenfreada sobre a natureza, da qual este humano se desconectou. Este artigo tem o objetivo de fazer uma leitura simbólica sobre as consequências na primavera da ausência do inverno, a partir do mito de Deméter e Perséfone, com a visão da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.
Vivemos uma morte de tudo que conhecíamos. Assistimos a morte de milhares de pessoas no mundo e, no paralelo, discutimos o futuro da economia. Mas a economia depende dos vivos. Nesse embate, não há como não lembrar de Antígona, a tragédia de Sófocles. É a ela que recorremos nesse ensaio para propor uma reflexão com o que hoje estamos enfrentando com essa pandemia.