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Quando nos dispomos a encontrar o caminho para o mito do significado individual, não podemos deixar de levar em consideração nosso papel na coletividade. Uma das marcas do atual monoteísmo da consciência é a busca exclusivamente egóica pela autorrealização. Esse fenômeno resulta na negação do desenvolvimento de uma cosmovisão que leve o ser humano a considerar as relações e a coletividade como parte indispensável do processo de individuação.
A Alemanha da Segunda Guerra Mundial oferece a Jung, de forma dramática, a oportunidade de afirmar a sua visão de que o mito importa, como parte do esforço humano de conhecimento. Em Jung, o método, como caminho do conhecimento, evoca liberdade de espírito
Autores como Max Weber (2004), Walter Benjamin (2013), Waldemar Magaldi (2009) e Muniz Sodré (2015) já discorreram brilhantemente sobre a…
A humanidade hoje vive em um contexto eletro-plastificado, como afirma Magaldi (2019) e Contrera (2017), em que as relações (amizades,…
Boa parte dos terapeutas junguianos brasileiros não bebem da fonte dos mitos indígenas. Nos aprofundamos nos estudos principalmente dos mitos gregos e não olhamos os mitos dos povos originários com a profundidade que eles merecem. Temos um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Por isso, para refletirmos sobre a sombra coletiva projetada nos povos indígenas, é importante contextualizar o Espírito da Época no período do descobrimento do Brasil. Este texto é um convite (e uma provocação) para refletirmos sobre esses nossos irmãos tão relegados à sombra e descaso.
Este artigo tem como proposta trazer à reflexão como o profissional da atualidade se coloca no mundo. O mundo o trabalho é VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). Há uma grande preocupação em se adequar de modo propositivo e não deixar que oportunidades passem e se percam. Podemos pensar no mundo VUCA com um paralelo à nossa psique, no que tange à sua complexidade e vastidão, mas como responder às demandas de fora, sem se perder do ponto de vista interno, daquilo, que de verdade é o nosso propósito?
As metáforas, poesias e sonhos são apresentados neste pequeno texto como linguagens de acesso a nossa alma. É através desse encontro com o nosso mundo interior, que poderão ser gestadas novas possibilidades de construção de sentidos e significados, para a miséria neurótica gerada pela cultura imediatista e objetividade excessiva. Jung parece antecipar esse momento que estamos vivendo, e nos aponta caminhos e saídas.
Complexa é a humanidade e complexos são os relacionamentos afetivos e sexuais, razão pela qual não podemos compreendê-los sob um…
Na primeira parte desta série de artigos discutimos a dúvida como elemento que deveria pertencer comumente à ciência e à…
Atravessamos um período de profunda mudança nos valores pessoais e sociais, onde muitas projeções sombrias são descortinadas e vem à tona de forma contundente