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“A arte de viver é a mais sublime e a mais rara de todas as virtudes.” – Carl Gustav Jung Nessa segunda fase da vida, o “objetivo natural” da manhã deve abrir espaço para o “objetivo cultural” do entardecer. “Para atingir o primeiro objetivo, a natureza ajuda; e, além dela, a educação. Para o segundo objetivo, contamos com pouca ou nenhuma ajuda”, sublinha Jung, falando a partir de sua Suíça encantada da primeira parte do século passado, entre uma guerra mundial e outra.

No artigo “Adeus ano velho, feliz ano novo”, que convido você a ler no site do Ijep, apresento alguns elementos da Psicologia Analítica que podem jogar luz sobre o espírito da virada, contribuindo para fazermos um bom balanço de 2021 e entrar no processo de transformação para viver melhor o 2022.

Muitas vezes sentimos que estamos estagnados, com dificuldades em atender as demandas do dia a dia da mesma forma, no mesmo ritmo, com a mesma intensidade e destreza que estamos habituados. Nesses momentos, onde estamos com a libido voltada para o mundo interior, somos convidados a olhar para dentro, de uma forma e num ritmo diferentes. Se usarmos a imagem do Eremita para ilustrar este momento, podemos imaginar que ele nos convida a uma caminhada diferente, para o nosso mundo interno, trazendo luz para a escuridão, prudência para nossos atos, transformando todo nosso aprendizado em sabedoria.

A vivência do irmão e o arquétipo fraterno fazem parte da atividade mitologizante da psique e é no relacionamento com o irmão que se aprende como se dão os relacionamentos não hierárquicos, de igual para igual. Esta vivência é fundamental para o desenvolvimento do sentimento de alteridade. Este artigo apresenta os orixás gêmeos como representantes deste arquétipo, e traz uma reflexão acerca da sua importância para o desenvolvimento de uma sociedade mais ecológica, justa e colaborativa.

O presente texto pretende refletir sobre a mentira no contexto psicoterapêutico à luz da psicologia junguiana. É feito um entrelaçamento reflexivo entre o ato de mentir e ideias de Nietzsche, Hegel e Espinosa sobre a verdade e a mentira; é personificado o ato de mentir como um atravessamento de Hermes e sua tensão com Apolo, como alternativa à possível aporia de um diagnóstico ou classificação estanque. Por fim, a personalidade do analista é convidada em seu ofício e em sua vida a participar dessa reflexão e deste compromisso: acolher em si a verdade e a mentira, deuses que nos habitam e atravessam.

Fazendo uma leitura psicológica do fenômeno conhecido como possessão, podemos afirmar que estamos falando, dentro da teoria junguiana, de complexos constelados. Segundo Jung a via régia para o inconscientes são exatamente os complexos, os quais podem se manifestar de diferentes maneiras, sendo uma delas nas imagens oníricas. No presente artigo exploramos como um sonho pode, através de suas imagens e de seu enredo, mostrar de maneira clara as afirmações acima, assim como suscitar reflexões conscientes que levem o indivíduo a uma melhor adaptação e harmonização da sua vida cotidiana.

Logo após Jung estudar sua arvore genealógica colocou em dúvida o caminho que sua vida tomou, se estava realmente vivendo sua vida ou se estava respondendo a algo que foi negligenciado por parte de sua família. Este questionamento que Jung se fez nos oferece um caminho para lidar com o mesmo problema que surge na experiencia humana observada no consultório. Isso nos traz a seguinte questão: O que este individuo está vivenciando é algo pessoal ou do coletivo familiar? São questões como essas que este artigo reflete.

Mudanças no coração dos estudos junguianos, o C. G. Institute de Zurique, na Suíça, mostram a tendência ao incentivo da pesquisa em Psicologia Analítica. E apontam o uso de instrumentos como o HoNOS (Health of the Nation Outcome Scale), do Royal College of Psychiatrists, do Reino Unido, para apoiar os terapeutas na condução de seus pacientes

Omulu ou Obaluaê são os nomes do orixá do Candomblé que é o senhor da peste, da varíola, das doenças infectocontagiosas, das epidemias. É o conhecedor dos mistérios da doença, assim como de sua cura. Este orixá se apresenta usando uma roupa feita de palha que lhe cobre da cabeça aos pés para esconder suas cicatrizes. Este artigo pretende correlacionar o mito de Omulu ao arquétipo do curador ferido, que se constela em cada médico, terapeuta, ou profissional da saúde que se dedique ao cuidado do paciente.