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Ao lado da comodidade, serviços e bem-estar que as tecnologias nos prestam, outros e potencialmente danosos efeitos das tecnologias começam a se evidenciar. Satélites podem monitorar nossos movimentos, interceptar nossas comunicações e ouvir diretamente nossas conversas. Nosso celular parece nos ouvir e trazer anúncios daquilo que falamos ou sobre o que escrevemos. Em troca do uso de aplicativos “gratuitos”, autorizamos que nosso perfil de consumo, o qual geramos enquanto usamos tais facilidades, seja vendido ou trocado. Aceitamos ser bombardeados com anúncios indutores de consumo diretamente voltados ao nosso perfil. Somente quando o indivíduo se responsabilizar por si mesmo, sem culpar o outro, tal situação poderá ser transformada, dado que a massa não se modifica sem o indivíduo se modificar. Cabe questionar nossa submissão voluntária a tiranias massificantes e limitadoras de nosso desenvolvimento psíquico.
O que difere um relacionamento de amizade de um relacionamento íntimo como o casamento é o sexo. Muito se fala…
A proposta deste artigo é fazermos uma leitura pela representação do amor no desenvolvimento humano. Como a ideia do amor se instala em nossas vidas, fazendo com que, de forma irrefletida tantas atitudes, dores, decepções, erros e acertos aconteçam? O amor é um sentimento delicado e ao mesmo tempo forte e profundo, o que o torna difícil de se entender. Ele é muito estigmatizado. Se vive, se morre e dizem que até mesmo, se mata por amor. Mas por quê?
“Em nossa época, a busca da humanidade por conhecimentos produziu conquistas admiráveis. O homem chegou à Lua; fizemos corações artificiais. Mas no fim das contas, o que as pessoas mais esperam da vida é simplesmente amar e ser amado.”(Von Franz, 1992b, p.196)
Este artigo propõe refletir sobre a simbiose família/mãe/filho e o distanciamento necessário entre eles para o filho ganhar sua autonomia…
A humanidade hoje vive em um contexto eletro-plastificado, como afirma Magaldi (2019) e Contrera (2017), em que as relações (amizades,…
Boa parte dos terapeutas junguianos brasileiros não bebem da fonte dos mitos indígenas. Nos aprofundamos nos estudos principalmente dos mitos gregos e não olhamos os mitos dos povos originários com a profundidade que eles merecem. Temos um “excesso de Grécia” e uma miopia para os saberes dos ancestrais da nossa terra. Por isso, para refletirmos sobre a sombra coletiva projetada nos povos indígenas, é importante contextualizar o Espírito da Época no período do descobrimento do Brasil. Este texto é um convite (e uma provocação) para refletirmos sobre esses nossos irmãos tão relegados à sombra e descaso.
Complexa é a humanidade e complexos são os relacionamentos afetivos e sexuais, razão pela qual não podemos compreendê-los sob um…
Nestes tempos de ultra conexão virtual, o “lastro” de uma pessoa pode ser mensurado pelos números de likes e acúmulos de seguidores nas redes sociais. Numa espécie de narcisismo marcado pela ansiedade, algumas pessoas são impulsionadas a uma ávida corrida rumo ao desejo de reconhecimento e apreço.
Este texto nos traz uma reflexão de que a comunicação puramente online pode nos segregar do mundo e de nós mesmos, pois a convivência entre os avatares da rede dificilmente permite intimidade entre as pessoas reais por trás dos teclados.
A urgência em acumular seguidores e likes fez com que as relações ficassem artificiais e instantâneas, deixando os vínculos e a intimidade fugazes e sem ressonância de alma.
Intimidade está entrelaçada ao sentimento, emoção, proximidade. Se não conseguimos manter um elo de intimidade conosco, como conseguiremos manter com o outro?
Uma das espécies de chimpanzé, que mais se assemelha ao ser humano em termos de comportamento e fisiologia, é a…