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A vinda de Cristo anuncia a nova era, mas o patriarcado vigente, há dois mil anos atrás, criou a institucionalização das tradições religiosas, que destruíram os conceitos revolucionários do evangelho cristão, a boa nova, por vaidade, poder e enriquecimento. Atualmente, infelizmente, a maioria dos templos viraram teatros à serviço do mercado, retroagindo ao velho testamento.

A afetividade – para C. G. Jung expressa por meio de sentimentos, sensibilidades, emoções – seria o fundamento da personalidade. Esses centros de energia afetiva estariam, como sóis, no centro de galáxias de energia psíquica conhecidas em psicologia junguiana como complexos.

Se a mente não conseguir fazer a integração da psique com o corpo e a dimensão espiritual, as crises que nos atravessam ficam hipostasiadas (materializadas), dominando monotemática e unilateralmente nossa vida!

É muito triste vermos religiosos totalmente vendidos para o mercado capitalista, verdadeiros vendilhões dos templos, transformando-os em teatros para servir ao dinheiro, o deus deles, enganando os crédulos iludidos em prosperidade. Este ensaio reflete um pouco a esse respeito.

Nesta narrativa exponho temas contraditórios, ambíguos, efêmeros e incertos, e espero que o leitor não os receba como verdades absolutas. Minha intenção é refletirmos quanto que o bom humor e o amor são os melhores instrumentos para que o sistema imunológico fique saudável e eficiente contra os vírus reais, ou ideológicos e políticos, enquanto o medo, a raiva e o egoísmo são destrutivos.

Será que existe vida sem sofrimento? Somos direcionados para ter segurança, certezas, conforto, alegrias e muito prazer, mas parece que isso acontece para bem poucas pessoas e, geralmente, não é perene. Além disso, só podemos conhecer o prazer porque existe a dor, e isso vale para os demais desejos. Refletir a respeito do sofrimento, suas causas e razões é o que pretende este ensaio.

DAC é a doença que produz uma variedade enorme de sintomas que vão desde a adicção de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, usadas como drogas, passando por distúrbios alimentares, como anorexia, bulimia, hiperfagia ou ortorexia, e comportamentais, com oneomaia, que é compulsão pelas compras, vigorexia, da busca de vigor, vicio em jogos, indivíduos workaholic, parafilias sexuais, entre outras manias compulsórias que interditam a liberdade dos doentes (atualmente já existem mais de cem classificações psiquiátricas, mas todas possuem o mesmo núcleo, que é a ferida do amor próprio).