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A partir da vivência que tive da morte de minha mãe neste semestre, escrevi este artigo para estudar e conhecer com um pouco mais de profundidade os arquétipos da Vida e da Morte. Partindo do mito de Eros e Tânatos, conhecidos como representações destes arquétipos, busquei na psicologia analítica referências sobre como, a partir da vivência de um processo de morte, buscar simbolicamente na vida o que precisa morrer para o novo possa renascer.

Este artigo discute à luz da teoria junguiana um processo que diferencia o ser humano de outras espécies: sua capacidade de simbolizar. Reflete sobre os significados do símbolo, a função transcendente e os desdobramentos do processo de simbolizar. Jung diz que o ser humano só se realiza por meio do conhecimento e da aceitação de seu inconsciente e os sonhos e seus símbolos ganham grande destaque nesse processo. Elementos do passado, como também prospecções e germes do futuro podem emergir do inconsciente por meio de símbolos, transcendendo nosso tempo imediato de vida. Ressalta-se que simbolizar é essencial ao processo de individuação, o sentido e o significado da existência humana.

Envelhecimento e morte são temas tabus, com cargas diferenciadas na sociedade ocidental, deixando de lado a riqueza dessa etapa da vida e o quanto podemos aprender com ela. Falar sobre os tabus da sociedade é uma forma saudável de nos melhorar como pessoas. Os mitos são fontes para simbolizarmos e ampliarmos questões psíquicas importantes. O presente artigo traz mitos relacionados ao envelhecer e reflexões sobre novas perspectivas para essa fase. Carl Gustav Jung nos fala que o entardecer da vida é uma fase mais reflexiva, com maior introspecção e contato com conteúdos internos, sejam memórias ou aquilo que desejamos e ainda não vivemos.

Ao longo de sua carreira e processo de elaboração de sua Psicologia Analítica, Jung emitiu críticas em relação às correntes filosóficas que pregam o racionalismo e o cientificismo como o único caminho válido para desvendar os segredos do conhecimento e da compreensão da alma humana.
Como observador perspicaz, Jung traçou uma crítica importante a tudo o que reduz a riqueza da vida a meros conceitos pragmáticos e racionais, ao desprezar ou literalizar a vastidão da dimensão simbólica.
É fundamental reconhecer que, ao buscarmos o equilíbrio entre símbolo, alma e razão, abrimos portas para uma compreensão mais ampla e holística da vida.

Neste artigo, exploraremos a importância da ética na prática religiosa da Umbanda, com foco na responsabilidade do sacerdote. Descubra como a religião, nascida da fusão de várias tradições, promove valores espirituais e o encontro com o Si-Mesmo. Abordaremos questões éticas, o papel do sacerdote como curador, a relação com o poder, e a necessidade de integração das sombras para uma prática religiosa genuína e transformadora.

O presente artigo trás reflexões sobre algumas dificuldades encontradas pelas mulheres no seu processo de amadurecimento.
As mudanças corporais são visíveis diante do espelho, como rugas, melasma, flacidez, perda de colágeno e massa muscular, além de desgaste nas articulações e coluna, osteoporose, menopausa, queda da vitalidade, entre outros.
As mudanças também ocorrem no mundo interno e somos
convidadas a olhar aspectos mais inconscientes, guardados nas sombras. O que antes cabia como personas e atitudes, talvez já não caiba mais nessa etapa o que traz reflexões sobre o futuro.

Entrar no serviço público é uma meta na vida de muitos brasileiros. A estabilidade proporcionada por esse tipo de emprego frente às incertezas do mercado de trabalho é um dos principais atrativos. Nesse artigo refletimos sobre as subjetividades e objetividades envolvidas no processo de aprovação no concurso público, escolha da vaga e suas consequências.

Este artigo traz o uso da areia na criação das mandalas de areia e outras produções artísticas, que dão a esse material uma nova perspectiva. As mandalas de areia são utilizadas como um ritual por monges tibetanos. O ritual de construção da mandala faz parte do aprendizado dos monges. A escolha em usar areia colorida para fazer o desenho da mandala nesse ritual sagrado é para simbolizar a impermanência da vida e de todas as coisas. Os índios navajos, no sudoeste dos Estados Unidos, também utilizam os rituais com mandalas há séculos. Os xamãs dançam invocando suas divindades fazendo complexas pinturas de areia em formato de mandalas. Na criação das mandalas de areia colorida como em outras produções artísticas utilizando a areia como matéria prima, esta extrapola suas características meramente de uso prático, para ganhar forma e se transformar em imagens repletas de significados. Ao perceber a natureza perene da areia e sua impermanência o ser humano percebe sua própria natureza perene e impermanente. Para a psicologia analítica a mandala é a representação máxima do Self. Jung nos explica que:
“Há muitas variações do tema, mas todas se baseiam na quadratura do círculo. Seu tema básico é o pressentimento de um centro da personalidade, por assim dizer um lugar central no interior da alma.”

Neste cenário contemporâneo, o indivíduo se vê constantemente dividido entre a demanda de produtividade representada pela “máscara do colaborador” e a necessidade vital de sua alma, muitas vezes negligenciada, conduzindo a um estado de angústia e exaustão. A máscara do trabalho e a ansiedade gerada por ela obscurecem a conexão do indivíduo com a sua essência, muitas vezes levando ao esgotamento e à autodestruição. Paradoxalmente, a ideia de lazer foi corrompida pela lógica produtivista, se tornando um palco para autopromoção em vez de um espaço para descompressão. Reconhecer a angústia e reivindicar um lazer verdadeiro são passos essenciais para restaurar a conexão com a alma e construir uma existência mais plena e autêntica.

O propósito deste artigo é provocar uma reflexão sobre um termo já estudado há algum tempo, mas que vem tomando mais espaço principalmente no mundo trabalho: A Síndrome do Impostor. Este fenômeno fala sobre as pessoas que apesar de atingirem reconhecimento, prestígio e sucesso se veem como impostoras, como uma fraude, não sentindo-se merecedoras de tamanho reconhecimento. Como a psicologia analítica pode contribuir para o entendimento deste sentimento? O quanto esta sensação de ser uma fraude, está relacionado com aspectos negados e, portanto, sombrios da personalidade destas pessoas? O quanto o nosso modelo atual de trabalho contribuiu para isto? Estas são provocações para ampliarmos a visão deste fenômeno sobre a ótica da psicologia de Carl Gustav Jung.