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Este artigo explora a linguagem simbólica das cartas do Tarot, estabelecendo conexões com os arquétipos junguianos. O Tarot de Marselha, com seus Arcanos Maiores e Menores, simboliza a jornada de desenvolvimento espiritual, representando aspectos universais da psique humana. As cartas do Tarot, entendidas como imagens arquetípicas, facilitam a introspecção e a integração dos conteúdos inconscientes, oferecendo um meio para o autoconhecimento e o crescimento pessoal. A visão junguiana sugere que o Tarot atua mais como uma ferramenta de construção do futuro do que como um oráculo preditivo, enfatizando a sincronicidade e o processo de individuação como caminhos para a expansão da consciência.

Na visão junguiana, símbolo é a melhor representação possível de alguma coisa que jamais poderá ser conhecida plenamente. No entanto, isso não significa que não possamos estudar um símbolo, buscar entender como ele se relaciona com o mundo ao nosso redor e com nós mesmos, mesmo sabendo que nossa tarefa nunca será completa. Nesse ensaio busco exatamente isso, costurar fatos e visões sobre um símbolo, o armário, mas não qualquer armário, o armário LGBTQIA+, aquele que fala de uma certa vergonha e de um certo orgulho. Não espero aqui esgotar o que pode ser dito sobre o tema, nem contemplar todas as possibilidades e vivências possíveis nesse universo. Mas espero ampliar a visão sobre um símbolo que dá conta de uma vivência muito particular das minorias de gênero e sexualidade.

Picasso pintou a Pomba da Paz por ocasião do final da segunda grande guerra, e esta foi a imagem escolhida para ilustrar o cartaz do primeiro Congresso Mundial pela Paz em 1949. A partir daí Picasso realizou uma série desenhos estilizando essa pomba, obra que se tornou mundialmente conhecida e se tornou um símbolo do desarmamento e da harmonia entre os povos. Este artigo busca, através da conceituação de símbolo de acordo com a psicologia analítica de Carl Gustav Jung responder à questão: seria a Pomba da Paz realmente um símbolo da paz?

Os símbolos presentes nos diálogos com os conteúdos inconscientes, aqui estudados na figura do pequeno Jung diante do grande Izdubar, oferecem algumas chaves de compreensão para as diversas maneiras como mulheres e homens contemporâneos trabalham o encontro com a própria alma, o encontro com o sagrado.

A partir da percepção de que aos conceitos da psicologia junguiana vem sofrendo uma popularização que traz aspectos positivos, mas que também projeta uma sombra que pode ser maior do que imaginamos, o presente artigo propõe uma reflexão sobre a consciência metafórica da albedo. Em oposição ao monoteísmo da consciência que unilateraliza e literaliza tudo, inclusive os conceitos da psicologia de profundidade, faz-se necessário refletir sobre esse fenômeno com o objetivo de desenvolvimento de uma consciência lunar, paradoxal e metafórica que abarque tanto os elementos de Logos quanto de Eros.

Pégaso, o cavalo alado, ou Crisaor, o gerador de monstros? Como colocar compreensivamente um “e” onde nossa cultura prefere um “ou”, que ordinariamente nos atola no pântano do dualismo e nos transforma em vítimas de unilateralidades perversas? O símbolo (syn+ballein) une, em vez de separar.

Este artigo discute à luz da teoria junguiana um processo que diferencia o ser humano de outras espécies: sua capacidade de simbolizar. Reflete sobre os significados do símbolo, a função transcendente e os desdobramentos do processo de simbolizar. Jung diz que o ser humano só se realiza por meio do conhecimento e da aceitação de seu inconsciente e os sonhos e seus símbolos ganham grande destaque nesse processo. Elementos do passado, como também prospecções e germes do futuro podem emergir do inconsciente por meio de símbolos, transcendendo nosso tempo imediato de vida. Ressalta-se que simbolizar é essencial ao processo de individuação, o sentido e o significado da existência humana.

Envelhecimento e morte são temas tabus, com cargas diferenciadas na sociedade ocidental, deixando de lado a riqueza dessa etapa da vida e o quanto podemos aprender com ela. Falar sobre os tabus da sociedade é uma forma saudável de nos melhorar como pessoas. Os mitos são fontes para simbolizarmos e ampliarmos questões psíquicas importantes. O presente artigo traz mitos relacionados ao envelhecer e reflexões sobre novas perspectivas para essa fase. Carl Gustav Jung nos fala que o entardecer da vida é uma fase mais reflexiva, com maior introspecção e contato com conteúdos internos, sejam memórias ou aquilo que desejamos e ainda não vivemos.

A carga do bode expiatório na dinâmica do complexo familiar trata do complexo do bode expiatório em seu surgimento e vivência na família, a partir do conto “A princesa determinada” e dos ensinamentos de Sylvia Perera em sua obra sobre esse complexo. O objetivo é perceber as características da vivência atual e que elementos de transformação são oferecidos pelo resgate simbólico do ritual hebraico do bode expiatório, na inspiração do conto e das considerações teóricas da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.